O acordo judicial atribuiu a conduta de Biden no caso de fuga aos impostos à sua dependência de drogas.
O acordo judicial que foi apresentado na semana passada a Hunter Biden no tribunal, foi tornado público esta quarta-feira, revelando novas informações sobre acusações de fuga ao fisco e de posse de arma ilegal que envolve o filho do presidente dos EUA, Joe Biden.
REUTERS/Jonathan Ernst
O acordo previa que Hunter Biden se declarasse culpado das duas acusações de não pagamento de impostos, em troca dos procuradores recomendarem uma pena de liberdade condicional. A acusação do posse ilegal de um revólver Colt Cobra.38 Special seria retirada em dois anos se o filho do presidente cumprisse os termos do acordo de desvio.
O acordo foi temporariamente anulado devido a questões levantadas pela juíza, na semana passada em tribunal. Os anexos do acordo judicial atribuíram a conduta de Biden em ambos os casos à sua dependência de drogas.
"Após a morte do irmão em 2015, Biden teve uma recaída e, com o tempo, passou do álcool para o abuso de drogas ilegais, incluindo cocaína em 2016", diz o documento. "No entanto, em 2017, apesar de seu vício, Biden entrou com sucesso em empreendimentos comerciais e conseguiu clientes legais, ganhando milhões de dólares."
No ano seguinte, a sua dependência piorou, período que Biden descreveu como "primavera e verão de devassidão ininterrupta". Apesar das avultadas quantias em dinheiro que o filho do presidente estava a ganhar e dos avisos do seu contabilista para pagar os impostos, estes não foram pagos em 2017 e 2018 e os seus gastos exorbitantes deixaram-no sem dinheiro, segundo o documento.
Em março e abril de 2019, recebeu cerca de 758 mil dólares (692 mil euros), mas acabou por gastar o dinheiro todo em "despesas pessoais, incluindo grandes levantamentos em dinheiro, pagamentos a ou em nome dos seus filhos, saldos de cartões de crédito e prestações do seu Porsche", refere o processo judicial.
Em maio de 2019, Hunter Biden ficou sóbrio e, com ajuda de um terceiro, pagou cerca de 2 milhões de dólares (1,8 milhões de euros) em impostos e multas atrasadas até outubro de 2021.
O documento de declaração de factos incluiu que no processo judicial dizia que Biden consumia cocaína no período em que comprou um revólver a um negociante de armas de fogo licenciado pelo governo federal no estado de Delaware, em outubro de 2018. Na altura em que comprou a arma, Hunter teve de preencher um formulário federal onde respondeu que não consumia estupefacientes ilegais.
O filho do presidente ficou na posse da arma durante 11 dias, altura em que consumiu crack regularmente. A arma foi encontrada no seu carro, juntamente com droga, e após esse episódio "posteriormente deitada fora num caixote do lixo à porta de um supermercado em Greenville, Delaware". Nos termos acordo, Biden não pode voltar a comprar ou a possuir uma arma.
Na segunda-feira, um trio de presidentes das comissões republicanas da Câmara dos Representantes anunciou que está a investigar as circunstâncias do acordo de confissão, incluindo as disposições sobre as quais Noreika manifestou preocupações. Classificam o acordo de "invulgar" e acusam o Departamento de Justiça de ter dado "um tratamento preferencial a Biden no decurso da investigação e proposta de resolução da sua alegada conduta criminosa".
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