
A ascensão e queda do Bloco
Derivas temáticas, caos interno, eleitorado volátil levaram a resultados surpreendentes (19 deputados) e desastrosos (uma). O BE caminha para o fim?
Derivas temáticas, caos interno, eleitorado volátil levaram a resultados surpreendentes (19 deputados) e desastrosos (uma). O BE caminha para o fim?
Esta campanha é particularmente eficaz no PS, que parece ter aceitado todas os seus termos e consequências. Ou seja, um PS fragilizado procura a sua redenção na rendição.
Antiga candidata à Câmara de Lisboa diz que sede do BE serve de morada fiscal a duas empresas. Mas a sede está apenas registada num edifício que partilha o número da porta do BE.
As relações e as linhas vermelhas entre a AD e a IL, face ao Chega, não podem ser olhadas de forma diferente das antes pensadas entre o PS, o BE e o PCP.
A intervenção do SIS para recuperar o computador de Frederico Pinheiro trouxe para a ribalta a atuação dos oficiais de informações do SIS. Treinados para realizar operações clandestinas, os agentes dos “serviços” atuam na fronteira da legalidade – ou mesmo ultrapassando-a, segundo relatos de ex-responsáveis.
Durante os 10 anos em que Catarina Martins esteve à frente do Bloco de Esquerda, muita coisa mudou. O que fica de um mandato que acabará neste fim de semana na Convenção que deverá eleger Mariana Mortágua como sua sucessora na liderança?
Nas atuais contabilidades sobre possíveis arranjos governamentais, há a tendência para integrar os hoje micropartidos, como o PCP e o Bloco de Esquerda, mas desqualificar o Chega, que é a terceira maior força parlamentar
Mariana Mortágua é a mais provável sucessora de Catarina Martins, que anunciou a esperada saída num momento que apanhou muitos de surpresa. Críticos lamentam debate em torno de nomes e reclamam renovação no Parlamento e no secretariado.
Nenhum dos trabalhadores despedidos pelo Bloco de Esquerda com quem falámos recebeu sequer uma mensagem da líder do partido. “Esperava que me dissesse alguma coisa, dava-me muito com ela, trabalhámos juntos nestes anos.”
Quem são e que planos têm os críticos da liderança? Faltam caras alternativas e peso interno aos que defendem um caminho diferente.
Um meteu-se na política quando ainda dava erros de português e nunca mais saiu. Gosta de negociações e de puzzles, políticos e dos outros. O professor que lhe deu 17 viria a achá-lo um otimista irritante. O outro é teimoso, bem-humorado e um otimista. Ceder para agradar não é o seu estilo. Hoje as eleições jogam-se entre estes dois homens.
Diogo Ramada Curto revela-se insensível à multiplicidade de esferas e de configurações, à diversidade de actores e de micro-poderes que constituem o campo da luta contra a estigmatização racial, e parece querer centrar a questão numa única dimensão — a matriz político-partidária.
Alcindo "não se constrói como um close up de 17 jovens neonazis, mas como um grande plano sobre Portugal". Este foi o filme que Miguel Dores, os colaboradores mais próximos (Filipe Casimiro, operador de câmara, e Beatriz Carvalho, psicóloga do ISPA) e a produtora Maus da Fita realizaram. Diogo Ramada Curto (DRC), a avaliar pelos textos que escreveu no Contacto viu outra coisa.
Quanto mais tentamos relativizar o racismo, mais essa linha nos inclui a todos e nos liga a ele. Porque, quer queiramos quer não, os racistas (e os skins que mataram Alcindo) fazem parte da nossa sociedade, são-lhe intrínsecos.
Sócrates, Vara e Guterres não o pouparam no PS. Entrou em guerra com Belmiro de Azevedo por causa do Colombo, vetou Marcelo para comissário da Capital da Cultura e Esteves Cardoso acusou-o de ser alcoólico.
Personalidades de todo o mundo, da direita à esquerda, de Filipe VI a José Sócrates, juntaram-se para uma última homenagem ao chefe de Estado que deixa uma "herança de consensos" e "humanismo".