A intervenção do SIS para recuperar o computador de Frederico Pinheiro trouxe para a ribalta a atuação dos oficiais de informações do SIS. Treinados para realizar operações clandestinas, os agentes dos “serviços” atuam na fronteira da legalidade – ou mesmo ultrapassando-a, segundo relatos de ex-responsáveis.
Quando são aceites nos cursos de admissão aos Serviços de Informações, aos jovens recrutas são ensinadas algumas regras básicas da sua atividade futura. Primeiro, cumpre-lhes assegurar, no respeito da Constituição e da lei, a produção de informações necessárias à preservação da segurança interna e externa, bem como à independência e aos interesses nacionais. Em segundo, nessa missão, não podem praticar atos da competência dos tribunais ou das polícias. Mas para aqueles que são colocados nos departamentos operacionais, acrescenta-se um detalhe a esta última regra: desde que não sejam apanhados. É assim que os operacionais dos serviços passam a movimentar-se numa linha ténue que separa o legal do ilegal, um mundo cinzento no qual para a obtenção das informações são utilizados recursos e técnicas que não estão plasmados na lei.
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