
Os nove e o princípio do fim do PREC
O documento que mudou tudo e as conversas de Vasco Lourenço com Costa Gomes: "Desculpe, mas Vasco Gonçalves não pode ser o PM do novo Governo!"
O documento que mudou tudo e as conversas de Vasco Lourenço com Costa Gomes: "Desculpe, mas Vasco Gonçalves não pode ser o PM do novo Governo!"
As primeiras bombas do ELP, a guerra da unicidade sindical, os casos Renascença e República na comunicação social, 400 MRPP's presos pelo Copcon: a violência estalou de vez e abriu alas para o que aí vinha.
Eu, se fosse a deputada Mendes Lopes, metia a viola ao saco e erguia uma estátua a Aguiar-Branco. Sem querer com isto insinuar que a deputada tem mesmo uma guitarra e até sabe esculpir estátuas.
O problema é um Presidente que deixa a sua ordem de retirada de pendões sobre a fachada da Assembleia ser flagrantemente desrespeitada e que nada diz quando uma bancada se ergue de cartazes em riste no final de uma votação.
Tinha acabado de entrar na Faculdade de Direito de Lisboa, e corria o chamado “Processo Revolucionário em curso”. Testemunhei o 25 de Novembro, a cada minuto, na rua e nos transportes públicos.
A cerimónia do 25 de Novembro de 1975 pareceu-lhe um solene disparate. Ora, se é um disparate assinalar na casa da democracia, substantivo que diz tanto estimar, devia ter ficado em casa.
Todos quantos nos incomodamos com estas comemorações do 25 de novembro faríamos bem em recordar como podemos fazer das nossas fraquezas forças.
De acordo com duas das suas biografias, o fundador do PS referiu-se "a uma tentativa de golpe" que o levou a ir para o Porto por estradas secundárias. Também foi "um regresso à pureza inicial do 25 de Abril".
A celebração no parlamento ficou marcada pela ausência dos deputados do PCP, a presença de apenas uma deputada do Bloco de Esquerda e vários lugares vazios na bancada do PS.
Para os comunistas, a data representa a derrota (às mãos de Ramalho Eanes, de Mário Soares e do Grupo dos Nove) de uma "insurreição popular armada" que queria implementar em Portugal uma sociedade de inspiração soviética.
Segundo o antigo Presidente, aquela data marca "o ponto final de um confronto e o início de uma cooperação democrática em que todos participam, em que todas as ideologias se justificam".
Foi ainda aprovada a deliberação da Iniciativa Liberal para que a Assembleia da República assinale com uma sessão solene o cinquentenário do 25 de novembro de 1975, integrando este momento nas comemorações dos 50 anos da revolução de 25 de Abril de 1974.
Nas palavras do autarca do PSD, o 25 de Novembro significou "a vitória da democracia sobre qualquer tipo de totalitarismo" e "vitória da democracia sobre o radicalismo".
O 25 de Novembro é um dos actos que ajudou a consolidação da democracia, mas está longe de ser o único e o mais importante. O primeiro são as eleições de 1975 e todas as outras até a eleição de um Presidente civil, Mário Soares.
Num momento de radicalização da vida política, o modo como se “está” com o 25 de Abril reflecte a crescente dureza do conflito político, entre a esquerda e a direita, para usar um dualismo redutor.
Numa acção de marketing de guerrilha, o PSD do Seixal decidiu mudar simbolicamente os nomes de algumas ruas da cidade. Por exemplo, a “Rua Movimento das Forças Armadas” acordou esta segunda-feira como “Rua em memória das vítimas das FP-25”.