
O que é o regime do maior acompanhado que Ricardo Salgado vai beneficiar?
Com este regime os direitos do ex-banqueiro passam a estar limitados.
Com este regime os direitos do ex-banqueiro passam a estar limitados.
O acompanhamento de Ricardo Salgado, de 81 anos e doente de Alzheimer, foi requerido pelo MP, tendo o antigo presidente do BES sido representado no processo por um advogado oficioso.
A defesa do antigo primeiro-ministro encontrou um novo filão para tentar derrubar a Operação Marquês. Um parecer do ex-juiz Paulo Pinto de Albuquerque indicou-lhe o caminho.
O banqueiro mais poderoso do mundo na sua altura viveu seis meses na ilha açoriana quando tinha 15 anos, para curar uma febre reumática. As cartas e um diário mostram como essa experiência formativa o marcou para a vida.
Responsável pela auditoria pedida pelo Banco de Portugal esteve esta sexta-feira em tribunal.
Álvaro Sobrinho, que reside em Angola, tinha contestado por apenas 90 dias do visto concedido para comparecer em Portugal para o julgamento, mas o argumento foi hoje rejeitado pelo Tribunal Central Criminal de Lisboa.
Em causa está o alegado desvio, entre 2007 e 2012, de fundos de um financiamento do BES ao BES Angola em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário.
Segundo o despacho judicial o tribunal entende que os relatórios médicos e perícias médico-legais a Ricardo Salgado que constam dos autos mostram que "num contexto de pressão emocional (como é o caso de um julgamento) é expectável um agravamento da sintomatologia associada à referida doença".
Antigo banqueiro tinha licença de porta de arma, mas estava caducada desde 2019.
"Ainda que seja certo que o arguido padece [atualmente] de uma situação pessoal de doença mental, geradora da necessidade de cuidados a esse nível, igualmente temos como certo que o mesmo não está no patamar de incapacidade que alega", observam os juízes.
Manuel Pinho foi condenado em junho de 2024 pelo Tribunal Central Criminal de Lisboa a dez anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais e fraude fiscal. Já Ricardo Salgado foi punido com uma pena de seis anos e três meses por corrupção ativa e branqueamento de capitais.
Oliveira, que editou com a Antígona obras de pendor progressista e anti-capitalista por quase meio século, tinha 85 anos.
Ex-primeiro-ministro não esteve presente na sessão que estipulou a data para o arranque do julgamento.
Herdeiros de uma fortuna criada por um comerciante e banqueiro, a família Moreira Salles é dona de um negócio banqueiro, de exploração de minerais e até da produtora de chinelos, Havaianas.
Cada vez que a vida dá a Portugal uma oportunidade de criar um sistema de integridade pública, Portugal ignora-a.
Representante das vítimas diz que a defesa de Ricardo Salgado não pode continuar a alegar que a saúde do ex-banqueiro impede o contraditório e, ao mesmo tempo, coloque algumas questões a testemunhas.