
Operação Marquês: Sócrates diz nada saber sobre Vale do Lobo
"Eu nunca indiquei Armando Vara para lugar nenhum", assegurou em tribunal o ex-primeiro-ministro.
"Eu nunca indiquei Armando Vara para lugar nenhum", assegurou em tribunal o ex-primeiro-ministro.
O terceiro diretor executivo do SNS em menos de dois anos e meio trabalhou no FMI, entrou para a Saúde pública pela mão de um governo PS, trabalhou nos bastidores com o ministro Paulo Macedo, foi atraído por Rui Rio para a política e bateu com a porta. O professor, irmão do presidente da NOS, é um liberal que diz o que pensa - e não gosta de ficar nos lugares só para aquecer.
António Castro Henriques, ex-administrador do BCP, escreveu uma carta aberta a Filipe Pinhal, outro antigo administrador, no dia em que este apresenta o livro "Estes Portugueses São do Piorio".
Apesar da instabilidade e dos danos reputacionais, Salgado faz tudo para se manter na presidência do BES e tenta publicamente dar uma imagem de confiança, ajudado pela tese de que o banco não é afetado pela parte não financeira do grupo.
Assessoram os deputados sobre contas públicas, irritam ministros e têm um impacto muito maior do que a sua dimensão. São a Unidade Técnica de Apoio Orçamental - fomos conhecê-los e ver como trabalham.
Joaquim Miranda Sarmento entrou para o Estado com apenas 20 anos e ascendeu na carreira académica e no PSD, partido de que é militante desde jovem. Está, agora, no centro do furacão.
Começou como trabalhador-estudante e acumulou duas décadas de experiência nos circuitos das Finanças, do poder em Belém e da política partidária. Foi apadrinhado por Catroga e Cavaco e fez carreira académica nas faculdades da elite da esquerda. Terá uma relação potencialmente difícil com o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno.
O ex-ministro da Economia de António Guterres apoia Montenegro porque não quer mais o PS no Governo. Pensa que António Costa se "pôs a jeito", mas não poupa a Justiça. Vê o Chega um dia a "sentar-se à mesa com os adultos”. E quer Pinto da Costa fora do seu clube.
Na véspera da entrega, todos no Ministério das Finanças mandaram vir jantar. Houve as clássicas noitadas – e um papel de escudo de Costa e Mariana Vieira da Silva, para travar alterações de última hora. Fernando Medina quis entregar mais cedo para transmitir mensagem de normalidade e disciplina.
É difícil aferir a que ponto é normal ou adequado que deputados reúnam com governantes e gestores públicos para preparar audições. As opiniões dividem-se, mesmo dentro do PSD, e há quem trace linhas que dividem o que é aceitável do que não é neste tipo de reuniões.
O ministro tinha dois objetivos principais: controlar as suas emoções e vender uma narrativa concorrente com a de Frederico Pinheiro. Passou o primeiro com distinção – e conseguiu sobreviver ao segundo, embora tenha acumulado imprecisões, respostas circulares e, por vezes, silêncio. As dúvidas sobre a sua atuação não desapareceram.
"Espero que o Ministério Público leia", diz Marques Mendes sobre o livro de Luís Rosa, "O Governador", lançando a dúvida sobre a venda do Banif.
Governo fecha contas à pressa, partidos aprovam centenas de propostas sem avaliação e Ministério das Finanças sabota o que os deputados votam. Relatório parlamentar descreve ciclo “caótico” com danos para a gestão pública.
Não foi nem decisivo, nem absolutamente claro, nem demolidor para ninguém. Os erros e as virtudes repartiram-se. O Bloco Central em construção também se faz sobre este empate entre Costa e Rio.
O antigo ministro das finanças do PS reconhece que o governo de Sócrates "não foi capaz de convencer os mercados" e que não houve "coragem política" para um programa "mais ousado".
Carlos Costa Pina era o COO Corporate e membro do Conselho de Administração da Galp desde 2012.