Começou como trabalhador-estudante e acumulou duas décadas de experiência nos circuitos das Finanças, do poder em Belém e da política partidária. Foi apadrinhado por Catroga e Cavaco e fez carreira académica nas faculdades da elite da esquerda. Terá uma relação potencialmente difícil com o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, que tem criticado duramente. Cabe-lhe conciliar as promessas da AD com o seu objetivo de ter contas equilibradas.
Joaquim Miranda Sarmento tinha 19 anos quando decidiu concorrer pela primeira vez a um lugar no Estado. Uma prima mais velha que trabalhava no Fisco no Porto, quase uma segunda mãe do jovem Joaquim, enviara ao seu pai o edital de um concurso para mil vagas na Direção Geral dos Impostos, que exigia apenas o 12º ano. Miranda Sarmento estava a terminar o primeiro ano de gestão no ISEG – onde foi colega de ano de Pedro Nuno Santos – e a possibilidade de ganhar um bom salário atraiu-o. Sabia que competia com 90 mil candidatos, quase todos licenciados, e achou que não entrava, mas ficou entre os primeiros 500 classificados e entrou. Vinte e sete anos mais tarde entrará de novo na esfera das finanças, mas pelo topo: será o 26º ministro das Finanças desde 1976 e uma figura-chave no governo da AD liderado por Luís Montenegro.
Miranda Sarmento: de jovem de 20 anos no Fisco a novo ministro das Finanças
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É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.