Tedros Ghebreyesus frisou que as máscaras devem continuar a ser uma prioridade para profissionais de saúde e outras pessoas na linha da frente contra o novo coronavírus e alertou que o uso generalizado pode agravar a escassez destes materiais de proteção.
AOrganização Mundial de Saúdeadmitiu, esta segunda-feira, o uso generalizado de máscaras pela população para conter a pandemia dacovid-19em países em que o distanciamento social e as lavagens frequentes das mãos não possam garantidos.
Em conferência de imprensa na sede da organização, em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou que hoje foram emitidas novas orientações para ajudar países a decidir sobre o alargamento das recomendações para uso de máscaras de proteção.
Tedros Ghebreyesus frisou que as máscaras devem continuar a ser uma prioridade para profissionais de saúde e outras pessoas na linha da frente contra o novo coronavírus e alertou que o uso generalizado pode agravar a escassez destes materiais de proteção que já se verifica.
Para já, a OMS vai ajudar os países que ponderem alargar o uso de máscaras a tomar uma decisão, admitindo que possam ser usadas em "comunidades onde outras medidas [de proteção contra o contágio], como lavagem das mãos e distanciamento físico sejam mais difíceis de alcançar por causa de falta de acesso a água ou alojamentos sem condições", referiu.
Tedros Ghebreyesus salientou que a investigação sobre o uso de máscaras é limitada e encorajou os países que as generalizem para estudarem a eficácia da medida e partilharem as conclusões com o resto do mundo.
"A Organização Mundial de Saúde tem estado a avaliar o uso mais alargado de máscaras cirúrgicas e não cirúrgicas" e hoje pretende lançar "um guia e critérios para ajudar os países a tomar essa decisão".
A orientação da OMS continua a ser que as máscaras cirúrgicas sejam prioritariamente usadas por profissionais de saúde "na linha da frente da resposta à pandemia", assinalando que são escassas para as necessidades atuais, o que põe estes profissionais em perigo.
"Em instalações de saúde, a OMS continua a recomendar o uso de máscaras cirúrgicas, respiratórias e outro equipamento de proteção pessoal para profissionais de saúde", declarou.
"Preocupa-nos que o uso em massa de máscaras cirúrgicas pela população em geral possa exacerbar a falta destas máscaras especializadas para as pessoas que delas mais precisam", acrescentou.
O diretor-geral da OMS salientou que não existe nenhuma "bala de prata" e que, "só por si, as máscaras não conseguem travar a pandemia".
"As nações devem continuar a procurar, testar, isolar e tratar cada caso e todos os seus contactos", defendeu.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS)assegurou hoje que está alinhada com a OMS sobre a utilização de máscaras pela generalidade da população e que está a analisar pareceres pedidos.
"O que estamos a fazer neste momento é uma análise dos pareceres, da evidência (prova) científica. Teremos que aguardar mais uns dias para podermos responder a isso", disse Graça Freitas após ter sido questionada sobre o uso generalizado de máscaras na conferência de imprensa diária para atualização de informação sobre a pandemia de covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
No domingo, em entrevista à RTP, a ministra da Saúde anunciou que a Direção-geral da Saúde pediu um parecer sobre o uso generalizado de máscaras para evitar a propagação da covid-19, tendo sido aconselhada a equacionar a medida.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela DGS, registaram-se 311 mortes, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%).
Covid-19: OMS admite uso generalizado de máscaras em países com menos condições de higiene
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Num mundo incerto e em permanente mudança, onde a globalização e a tecnologia redefinem o modo de conceber e fazer justiça, as associações e sindicatos de magistrados são mais do que estruturas representativas. São essenciais à vitalidade da democracia.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.