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Vítima de alegada violação terá sido também agredida pelos influencers

Raquel Lito
Raquel Lito 11 de abril de 2025 às 19:00
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Novos contornos do caso revelam indícios de mais violência durante o ato. Dois dos suspeitos vivem em Fernão Ferro (Seixal) e um terceiro em Caneças (Odivelas).

A vítima daalegada violação em Louresterá sido também agredida durante o ato. Os suspeitos, influenciadores digitais, filmaram os momentos de violência sexual, divulgando os conteúdos na plataforma TikTok. Ainda que o número de suspeitos esteja por determinar – foram três jovens, pelo menos –, aSÁBADOapurou que dois deles vivem perto de Fernão Ferro (freguesia do município do Seixal) e outro reside em Caneças (Odivelas). 

O encontro conjunto terá sido, inicialmente, consentido pelas partes. Mas a certa altura, a rapariga de 16 anos disse categoricamente que não queria dar continuidade. Os três jovens, entre os 17 e 19 anos, persistiram e filmaram a suposta violação em vídeos curtos. Tiveram 32 mil visualizações, sem que ninguém fizesse a denúncia.

O ambiente era confuso no local do alegado crime, ocorrido a 12 de fevereiro passado: uma arrecadação de um prédio em Loures, próxima da morada da vítima que vive com os pais.

Família estruturada da vítima 

A menor, lesionada, foi com a mãe ao Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, para ser assistida. Posteriormente, o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses fez uma perícia aos danos corporais, que servirá de elemento de prova. Sabe-se que a ofendida pertence a uma família estruturada, de classe média, e era uma de muitas admiradoras dos influencers suspeitos. Alguns destes obtinham rendimentos consideráveis através da atividade regular nas redes sociais. 

Foi o hospital Beatriz Ângelo que denunciou o sucedido à Polícia de Segurança Pública (PSP). A PSP encaminhou o caso à Polícia Judiciária (PJ), a autoridade a quem compete a investigação. A PJ ouviu a vítima, identificou os presumíveis autores do crime e deteve-os a 24 de março por suspeita de violação agravada.

Mas acabaram por ser libertados após o primeiro interrogatório judicial, ainda que indiciados por 51 crimes – entre sequestro, violação e pornografia de menores. Nenhum deles tem cadastro, nem suspeitas de condutas similares no passado. A medida de coação aplicada passa pela apresentação semanal nas esquadras (das áreas onde residem) e obrigação de afastamento da vítima.

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