Montenegro afirmou que o Governo tem como objetivo um salário mínimo de 1100 euros e um salário médio de doi mil euros, já o Complemento Solidário para Idosos deverá chegar ao mínimo de 870 euros em 2029.
Luís Montenegro está a apresentar o programa da AD - Coligação eleitoral PSD/CDS. O primeiro-ministro começou por considerar que "Portugal está bem e recomenda-se" e garante que existia estabilidade política até a oposição se ter juntado para mandar abaixo o Governo.
Miguel A. Lopes/ Lusa_EPA
"Sabem todos que vivemos tempos muito exigentes e desafiantes. O mundo mudou. É tempo de termos bem presente o sentido da responsabilidade, do realismo e de fazer prevalecer sempre o interesse coletivo. Mas também é tempo de reconhecermos o seguinte: o mundo mudou e está instável, mas Portugal está bem e recomenda-se", afirmou.
Agora o líder social-democrata quer ter a oportunidade "de estabelecer a estabilidade que a AD garante. Para que Portugal continue a ser recomendado".
Montenegro garante que o atual Governo aumentou rendimentos, reduziu impostos, criou um regime fiscal mais atrativo para os jovens, atribuiu isenções fiscais na compra da primeira casa para os mais novos, atualizou as pensões, aumento o Complemento Solidário para Idosos e aumentou a comparticipação dos medicamentos: "Conseguimos equilibrar excedente e equilíbrio".
Além disso refere que salvou o Estado social, melhorando a resposta do SNS, "que está mais robusto", e da escola pública: "É uma grande diferença entre uma escola pública que estava instável e a que está em paz". Ainda assim considera: "Não resolvemos tudo? Não, nem era possível".
O primeiro-ministro deixou o aviso que se as políticas por si lideradas não tiverem continuidade, os resultados "vão piorar"enquanto que se, pelo contrário, tiverem continuidade "só podem melhorar".
Montenegro não perdeu a oportunidade de atacar Pedro Nuno Santos referindo que "o tempo não é daqueles que se mascaram para a campanha eleitoral". O líder social-democrata sugeriu a todos que comparem o seu percurso enquanto primeiro-ministro com o do líder socialista enquanto ministro.
Já sobre o programa eleitoral destacou três "marcas": "Ambição, realismo e responsabilidade". "Não vimos prometer mundos e fundos. Não nos lembramos agora de vir prometer tudo a todos. E não, não será connosco que voltaremos a ter restrições orçamentais por causa de irresponsabilidades dos governantes". "Não será connosco que Portugal voltará a ter défice", garantiu.
Já no próximo ano a AD quer reduzir o IRS em 500 milhões de euros e em 2 mil milhões em quatro anos. Ainda sobre rendimentos referiu que o Governo tem como objetivo um salário mínimo de 1100 euros e um salário médio de doi mil euros, já o Complemento Solidário para Idosos deverá chegar ao mínimo de 870 euros em 2029.
"O IRS jovem é para continuar e é para continuar também o apoio à compra da primeira habitação" no que toca à isenção do imposto de selo e IMT.
Montenegro confirmou também a intenção da coligação de proibir a utilização de telemóveis e smartphones nas escolas até ao 6º ano, tendo o objetivo de que esta medida entre em vigor já em setembro.
A AD quer garantir "julgamentos rápidos para crimes violentos ou graves, desde logo com detenção em flagrante delito" ao mesmo tempo que quer prevenir e combater a corrupção, com regulamentação do lobbying e reforço dos meios.
Já sobre a migração promete continuar o que considera como um "trabalho extraordinário" que foi feito na regulação da migração com "uma visão humanista de dignificação daqueles que nos procuram": "Não podemos aceitar que a imigração se faça sem regras ou termos milhares de pessoas que não se sabe onde estão ou o que estão a fazer".
Luís Montenegro defendeu a redução do IRC afirmando que "é preciso arriscar dando às empresas portuguesas as condições para elas serem rentáveis". "Quem vê nisto governar só para alguns, é de quem não vê como governar uma empresa. Até fico muito admirado por ouvir isto de quem diz que viveu sempre nas empresas", garantiu.
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.