Sábado – Pense por si

Vírus: Governo garante que hospitais estão preparados para lidar com eventual epidemia

Relativamente à retirada dos portugueses da cidade chinesa de Wuhan, Marta Temido explicou que aquilo que as autoridades farão à chegada "é a aplicação dos protocolos que estão definidos pela Organização Mundial de Saúde".

A ministra da Saúde, Marta Temido, assegurou esta terça-feira que os hospitais portugueses estão preparados para lidar com uma eventual epidemia de coronavírus e que a situação está a ser tratada de forma "tranquila, mas rigorosa".  

"Se houver alguma situação que ultrapasse aquilo que estamos agora a preparar temos dispositivos que nos permitem responder a todas as necessidades", afirmou a ministra em declarações a jornalistas, em Sintra, à margem de uma reunião sobre os investimentos neste concelho na área da saúde. 

"Temos acompanhado a evolução da situação com tranquilidade, mas com grande rigor e seguindo sempre com muito cuidado aquilo que são as diretrizes internacionais. Essa é a melhor forma de nos proteger a todos", sublinhou. 

Relativamente à retirada dos portugueses da cidade chinesa de Wuhan, onde teve origem o surto do novo vírus, que provoca pneumonias, Marta Temido explicou que aquilo que as autoridades farão à chegada "é a aplicação dos protocolos que estão definidos pela Organização Mundial de Saúde".

"É necessário avaliar se as pessoas embarcam já num contexto de algum sintoma, se durante o voo acontece algum sintoma ou se à chegada há algum sintoma. Aquilo que iremos fazer a aplicação rigorosa dos protocolos", reiterou.

O Governo português quer retirar por via aérea os portugueses retidos em Wuhan, cidade que, entretanto, foi colocada em quarentena.

Num comunicado dirigido aos cerca de 20 cidadãos nacionais que residem na cidade, a embaixada portuguesa esclareceu na segunda-feira que iniciou "de imediato todos os passos" para proceder à retirada, recorrendo a um avião civil fretado, que leve estes portugueses "diretamente para Portugal".

A China elevou para 106 mortos e mais de 4.500 infetados o balanço do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

 As autoridades de Pequim confirmaram a primeira morte na capital chinesa de uma pessoa infetada pelo novo coronavírus (2019-nCoV), um homem de 50 anos que esteve na cidade de Wuhan, em 08 de janeiro.

Um primeiro caso confirmado de contaminação com este vírus foi registado na Alemanha esta segunda-feira, o segundo país afetado da Europa, depois de França.

Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá.

As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.

As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.

Os sintomas associados à infeção causada pelo coronavírus com o nome provisório de 2019-nCoV são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.