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"Vetting": como a política lá fora, os serviços secretos e a banca escrutinam candidatos

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 29 de janeiro de 2023 às 18:00

O escrutínio prévio das pessoas nomeadas pelo Governo chega só agora a Portugal. No Canadá, onde existe "vetting" há 40 anos, os escrutinadores pedem até palavras-passe das redes sociais. Nos serviços secretos portugueses investiga-se a pessoa desde criança. Na banca testa-se sobretudo a experiência.

Foram os escândalos sucessivos com ministros nos anos 80 que levaram a política canadiana a criar um novo procedimento de escolha: o vetting, ou escrutínio prévio do percurso dos candidatos a cargos políticos e públicos. Quase 40 anos depois, a prática “está a ficar mais e mais apertada”, conta o canadiano Alex Marland, que lidera o departamento de Ciência Política da Memorial University of Newfoundland e fez estudos sobre o tema. “Quem quiser ser candidato tem de responder a questionários entre 30 e 50 páginas e as perguntas são muito pessoais”, explica.

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