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Turismo de massas: moradores queixam-se, autarquias e tutela reafirmam "potencial"

Raquel Lito
Raquel Lito 15 de agosto de 2024 às 10:00

A sobrelotação de turistas continua e os residentes desesperam. Há protestos agendados para setembro, outros que decorrem com faixas nas janelas. Os municípios de Lisboa e Sintra, e o Ministério da Economia respondem à SÁBADO.

O bairro de Alfama já não é o pitoresco que era: está praticamente "deserto", os estendais vazios são um indicador. Resistem só os velhos inquilinos "sem forças para protestos pelo direito à habitação", começa por dizer àSÁBADOMaria de Lurdes, presidente da Associação do Património e da População de Alfama (APPA). A gentrificação prossegue, acrescenta a responsável: "Tem estado a morrer muita gente, não há medidas para o repovoamento e os novos proprietários estão a rescindir os contratos de habitação para o negócio". Mas turistas há muitos, sobretudo em época alta (mesmo que os últimos dados do Banco de Portugal apontem para um ligeiro abrandamento do setor).

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