Sábado – Pense por si

Suspeito de terrorismo afinal é apátrida

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto 31 de março de 2019 às 08:00

Marrocos revogou a nacionalidade a Abdesselam Tazi. Ser for condenado por financiar e recrutar jihadistas para o Estado Islâmico, Portugal não o poderá expulsar. O julgamento começa na segunda-feira.

Quando Abdesselam Tazi se sentar no banco dos réus, no próximo dia 1 de abril, para ser julgado por oito crimes relacionados com terrorismo o juiz Francisco Henriques vai começar por pedir-lhe que se identifique. Depois de confirmar o seu nome e data de nascimento, aquele que é suspeito de pertencer a uma rede de recrutamento de jihadistas para o autoproclamado Estado Islâmico deverá dizer ao tribunal que, apesar de ter nascido a 1 de janeiro de 1954, em Fez, Marrocos, neste momento é apátrida.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

A fragilidade do que é essencial: proteger a justiça

A recente manifestação dos juízes e procuradores italianos, que envergaram as suas becas e empunharam cópias da Constituição nas portas dos tribunais, é um sinal inequívoco de que mesmo sistemas jurídicos amadurecidos podem ser alvo de ameaças sérias à sua integridade.

Jolly Jumper

Apoiando Marques Mendes, recuso-me a “relinchar” alegremente campanha fora, como parece tomar por certo o nosso indómito candidato naquele tom castrense ao estilo “é assim como eu digo e porque sou eu a dizer, ou não é de forma alguma!”.