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Ascenso Simões acredita que a Operação Marquês não terá o seu epílogo na instrução. "É mais um passo de um processo que pode terminar em 2030 ou 2035".
Seja qual for a decisão do juiz Ivo Rosa sobre a Operação Marquês, Ascenso Simões tem uma certeza: o processo não acaba esta sexta-feira. "Se houver pronuncia, o processo desenrola-se normalmente com as implicações que isso terá no debate político. Se não, o passo seguinte é o Ministério Público recorrer e processo continua", diz à SÁBADO o deputado socialista.
O deputado do PS Ascenso Simões
Ascenso Simões acredita, por isso, que o fim da fase instrutória marcado para esta sexta-feira não será o fim de uma história que ainda se pode arrastar. E é isso que faz o ex-secretário de Estado de José Sócrates hesitar sobre a possibilidade um regresso à política do ex-primeiro-ministro, mesmo no cenário que lhe seria mais favorável de caírem as acusações de corrupção.
"Sócrates é uma força da natureza", começa por dizer sobre uma possível vida política para lá do processo, mas a incerteza sobre o tempo que pode demorar a haver uma conclusão judicial sobre o caso faz com que a resposta não seja mais concreta. "[Este] é mais um passo de um processo que pode terminar em 2030 ou 2035", comenta.
Partidos devem refletir sobre mega-processos
Se o debate sobre corrupção e Justiça volta por estes dias a dominar a atenção mediática, Ascenso Simões acredita que a Operação Marquês deve servir para um repensar no funcionamento da investigação criminal.
"Em qualquer das circunstâncias, há uma implicação política imediata: os partidos devem olhar para este caso e refletir sobre se o país deve ter estes mega-processos", defende o parlamentar, que acha que outro assunto ficará inevitavelmente na ordem do dia após a leitura da decisão de Ivo Rosa: o enriquecimento injustificado.
Até agora, o Parlamento ainda não encontrou uma forma de legislar sobre o enriquecimento injustificado ou ilícito, mas os contornos das suspeitas sobre Sócrates vão, na opinião de Simões, voltar a trazer a discussão sobre a tipificação desse crime. "O debate vai estar aí quer o julgamento continue quer não", vaticina.
De resto, Ascenso Simões olha para os dados internacionais sobre transparência e vê, mais do que um problema generalizado de corrupção, uma preocupação sobre o tema que o torna central no debate público e político.
"Portugal tem [no ranking de transparência] 60 pontos e o melhor país tem 81. O problema é a percepção sobre a corrupção e o dado novo que é o debate radical", diz Ascenso Simões, defendendo que esses dois fatores vão forçar todos os partidos a debruçar-se sobre o tema e a participar em soluções.
Mas será o Partido Socialista aquele que sofrerá mais com uma eventual acusação a José Sócrates? "O que afecta o PS é a pandemia", responde, descartando leituras políticas deste processo para o partido do Governo.
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