Fonte oficial da PSP, polícia que controla as fronteiras nos aeroportos, disse à Lusa que as filas não estão relacionadas com a falta de recursos humanos, mas sim porque o sistema está lento.
O Sistema de Segurança Interna (SSI) indicou esta sexta-feira que os sistemas de controlo de fronteiras instalados há um mês nos aeroportos necessitam de "um período de adaptação" devido à complexidade, apesar da operação estar a decorrer como o previsto.
Tiago Petinga/LUSA
Há cerca de um mês foram instalados nos aeroportos portugueses novos sistemas de controlo de fronteiras, o que está a fazer com que passageiros oriundos de países de fora do Espaço Schengen esperem várias horas pelo controlo de imigração, como ainda aconteceu esta semana.
Algumas companhias aéreas, como é o caso da Easyjet, estão a alertar os passageiros fora do Espaço Schengen para as possíveis filas e atrasos no controlo de fronteira nos aeroportos portugueses.
Fonte oficial da PSP, polícia que controla as fronteiras nos aeroportos, disse à Lusa que as filas não estão relacionadas com a falta de recursos humanos, mas sim porque o sistema está lento.
Numa resposta enviada à Lusa, o Sistema de Segurança Interna (SSI), que integra a Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros, estrutura criada no SSI depois da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, refere que o aumento de filas no controlo de passaportes deve-se ao "crescimento do número de passageiros, entre 10% e 15%, dependendo dos aeroportos, aumento do número de voos e a sua concentração em determinados períodos do dia e à maior exigência nos controlos obrigatórios definidos por regulamentos europeus".
O SSI sublinha que, com estes novos sistemas, "o controlo fronteiriço passou a incluir um número acrescido de verificações de segurança e consultas a bases de dados internacionais, impostos pelos regulamentos, o que significa "mais segurança e tecnologia e, naturalmente, a necessidade de um período de adaptação, tanto dos próprios sistemas, como dos profissionais no terreno".
"Os sistemas estão a funcionar e, apesar da complexidade, a operação decorre como previsto. Importa referir que, estamos na altura de maior afluência de passageiros, o que podemos assegurar é que todas a entidades envolvidas estão a trabalhar diariamente em estreita colaboração, para garantir a melhor experiência de viagem possível", precisa o SSI.
Questionado sobre os motivos dos sistemas estarem lentos e quando o problema será resolvido, o SSI respondeu: "Com base na monitorização em curso, foram entretanto implementadas diversas ações para melhorar o serviço, com o reforço da capacidade de rede, a instalação de novos equipamentos de comunicação, colocação em funcionamento de mais equipamentos automáticos de controlo de passageiros (Rapids) para os Aeroportos de Lisboa, Faro, Porto, Funchal, Ponta Delgada, Porto Santo e Lages, bem como formação contínua dos guardas de fronteira".
O Sistema de Segurança Interna garante que, "em colaboração com todas as entidades e empresas parcerias envolvidas, acompanha ao minuto a situação em todos os aeroportos nacionais" e atua de "imediato para solucionar todas as situações de forma a minimizar o impacto causado aos viajantes".
"A prioridade é garantir que o processo de adaptação aos novos sistemas se realize da forma mais eficaz, com o menor impacto possível", refere ainda o SSI.
Os sistemas em causa são o 'VIS4' (Sistema Europeu de Informação sobre Vistos), o 'PASSE+' (Sistema Nacional de Controlo de Fronteiras Aéreas e Terrestres) e o Portal das Fronteiras.
Recentemente, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) alertou para o quadro de exaustão dos profissionais afetos à Unidade de Estrangeiros e Fronteiras devido a várias situações que se vivem nos aeroportos, tendo chamado a atenção que com a proximidade do verão são necessárias diligências para "ultrapassar os obstáculos e mitigar os danos junto dos cidadãos, mas principalmente junto dos profissionais da PSP".
Sistemas de controlo fronteiriço nos aeroportos precisam de tempo de adaptação
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.