Num comunicado enviado à imprensa esta sexta-feira, o SPP/PSP diz que a transferência dos efectivos foi realizada "contra a sua vontade" e que demonstra "a gritante falta de efectivos em todos os serviços" da polícia. "A situação que se vive agora no 112 assume proporções de especial gravidade, uma vez que se trata de um serviço de urgência permanente e que deve estar sempre dotado do efectivo previsto, quer através de concursos internos, quer com recurso a polícias voluntários", considera o sindicato.
Segundo a estrutura sindical, a transferência destes 11 elementos "deixou as áreas de Oeiras, Sintra e Cascais mais desprotegidas", defendendo, mais uma vez, a abertura de um concurso de admissão de 800 novos agentes.
Falhas no serviço de emergência 112, nomeadamente no tempo de atendimento, foram alvo de várias notícias nos últimos dias com a PSP a negar quaisquer constrangimentos.
Em comunicado, a PSP garante que "não existe qualquer situação de caos no funcionamento do número de emergência 112, nem no seu atendimento" e que "não tem registo de demoras no atendimento das chamadas, nem chamadas sem resposta".
"Não obstante o número de operadores inicialmente previsto não estar ainda completo, a gestão dos mesmos, face ao volume de chamadas normalmente verificadas em cada turno, tem sido adequada, contando sempre com a disponibilidade e profissionalismo dos operadores da PSP e GNR que prestam serviço nos centros operacionais 112", garante a direcção nacional da PSP.
No entanto, adianta a polícia, e apesar de se estarem previstos novos processos de recrutamento a curto prazo, o COSUL foi já reforçado com 3 operadores da GNR e a PSP está a desenvolver diligências com vista a um reforço temporário de operadores, até que esteja concluído o procedimento de recrutamento e selecção de novos operadores.
O número de emergência 112, é um numero de atendimento de chamadas para situações de emergência, as quais, após a sua identificação, são remetidas para a ANPC, ou para o INEM, PSP, GNR ou ANM.