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Septuagenário que matou vizinho em Aveiro condenado a 13 anos de prisão

26 de abril de 2019 às 18:15
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Um homem de 74 anos esfaqueou mortalmente um vizinho de 38 anos num prédio situado em Aveiro, após uma discussão.

O Tribunal de Aveiro condenou esta sexta-feira a 13 anos de prisão um homem de 74 anos por ter esfaqueado mortalmente um vizinho de 38 anos num prédio situado naquela cidade, após uma discussão.

O coletivo de juízes deu como provado que o arguido aguardou que o vizinho se virasse de costas para si, tendo desferido um golpe com a navalha no peito da vítima e, quando esta estava caída no chão, desferiu um segundo golpe, agora na zona do pescoço.

De seguida, voltou ao seu apartamento, fechou a porta e ordenou que a sua companheira limpasse a navalha.

O septuagenário estava acusado dehomicídioqualificado, mas o coletivo de juízes decidiu alterar para simples, por não se ter provado que o crime ocorreu por motivo torpe ou fútil, como constava na acusação.

Durante o julgamento, o arguido reconheceu que a navalha que apareceu junto ao corpo era sua, mas negou ter sido ele a esfaquear o vizinho, não tendo convencido o tribunal com o seu depoimento.

"Embora ninguém tenha assistido à prática dos factos, não suscitaram dúvidas ao tribunal que foi o arguido o autor dos mesmos, pois a conjugação dos depoimentos prestados com o teor dos relatórios periciais permite tal conclusão", disse a juíza presidente.

A magistrada realçou ainda que o arguido não apresentou qualquer justificação para a mancha de sangue da vítima que foi encontrada no seu pé, lembrando que o próprio referiu ao tribunal que, quando foi para o interior do apartamento, não havia sangue a sair do corpo da vítima.

A juíza disse ainda que o septuagenário vai manter-se em prisão preventiva até ao trânsito em julgado da decisão.

Os factos ocorreram a 30 de julho de 2018, pelas 23h20, nas escadas de um prédio de quartos arrendados a pessoas apoiadas pela Segurança Social, situado no centro da cidade de Aveiro, na sequência de uma discussão entre o arguido e o vizinho.

Durante o julgamento, o arguido negou os factos, admitindo apenas ter dado "dois empurrões" no vizinho, que fizeram com que este caísse e batesse com a cabeça na quina da porta de entrada do apartamento, tendo desmaiado.

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