Sábado – Pense por si

Santa Casa: Ana Jorge ouvida esta quarta-feira no Parlamento

Provedora exonerada foi acusada de "total inação" e de benefício próprio pelo Governo.

Ana Jorge, a provedora exonerada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, será esta quarta-feira (15) ouvida no Parlamento. Ana Jorge deverá dar explicações sobre a situação financeira da instituição e sobre o negócio de internacionalização dos jogos sociais para o Brasil.

A audição na comissão parlamentar de Trabalho, Segurança Social e Inclusão foi requerida pela Iniciativa Liberal (IL), Partido Socialista (PS) e Chega.

Ana Jorge foi exonerada pelo Governo a 30 de abril, juntamente com os restantes elementos da mesa Nuno Miguel Alves, Teresa do Passo, Sérgio Cintra e João Correia. Em causa estavam a "atuações gravemente negligentes" que afetaram a gestão da instituição.

A provedora exonerada chegou até a ser acusada pela ministra do Trabalho de "total inação" e de se beneficiar a si própria. Ana Jorge rejeitou esta ideia de "saneamento político".

"Nego profundamente essa declaração. É preciso justificar o benefício próprio", respondeu em declarações à rádio Renascença.

A provedora exonerada havia tomado posse a 2 de maio de 2023 e estava a três dias de completar um ano à frente da Santa Casa. Na altura, a instituição já apresentava graves problemas financeiros devido aos dois anos de pandemia e a um processo de internacionalizações dos jogos sociais, levado a cabo pela administração do provedor Edmundo Martinho, que poderá ter sido quem causou prejuízos na ordem dos 50 milhões de euros.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.