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Governo exonera mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Ana Jorge de saída

A decisão de exonerar a mesa segue-se a problemas financeiros e orçamentais que foram identificados pela provedora Ana Jorge, que estava no cargo há menos de um ano. Atual gestão pediu auditoria ao negócio da internacionalização e análise ao Tribunal de Contas.

O Governo exonerou a mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), liderada pela provedora Ana Jorge, avança a SIC Notícias. Com esta decisão, caem os vogais Nuno Miguel Alves, Teresa do Passo, Sérgio Cintra e João Correia.

A exoneração da mesa da SCML, o órgão de gestão da instituição, segue-se à notícia desta segunda-feira do jornal Público, segundo a qual o Governo tinha pedido um plano de reestruturação urgente, tendo em conta os dados financeiros que indicavam uma situação frágil da Santa Casa. Ana Jorge tinha tomado posse no dia 2 de maio de 2023, estava a três dias de completar um ano à frente da Santa Casa.

As contas da instituição estão sob pressão e os dados de receitas dos jogos no arranque deste ano sinalizam que os problemas poderão continuar. De acordo com dados recolhidos pelo Negócios, as receitas do jogo, que representam cerca de 85% das receitas totais, caíram 29 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano face ao mesmo período do ano passado. Trata-se de um decréscimo de 14%, quando no plano de atividades e orçamento para este ano, se aponta para um aumento da receita de 9,3%.

A situação foi considerada prioritária pelo Governo que tomou posse no início deste mês e já houve uma reunião com a provedora no dia 12, conforme noticiou o jornal Público, tendo sido solicitado o referido plano de reestruturação urgente da SCML. A situação financeira é considerada bastante frágil, podendo pôr em causa a prestação de apoios sociais. Da Câmara de Lisboa há já indicação de falhas.

Essa fragilidade foi identificada pela gestão da provedora Ana Jorge. Em junho do ano passado, apenas há um mês no cargo, a ex-ministra da Saúde sinalizou os problemas, que foram descritos no plano de atividades: a referida "provável rutura de tesouraria"; as "previsões excessivas de receitas"; as garantias bancárias que ascendiam a 30,4 milhões de euros (incluindo para o Hospital da Cruz Vermelha) ou a grande dependência da receita dos jogos.

(Notícia em atualização)

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