Onde Rui Rio vê a vitória do centro e destaca a forma como Ventura ultrapassou o PCP no Alentejo, Pedro Rodrigues vê “a falência da liderança” do PSD.
No balanço da noite eleitoral, Rui Rio fez contas aos resultados e ficou satisfeito. Para o líder do PSD, houve uma vitória do "candidato moderado", o "esmagamento da esquerda" e um "candidato da extrema-direita que [conseguiu] passar o Partido Comunista onde o PS tem muita dificuldade e onde o PSD não tem conseguido passar". A análise não é, contudo, unânime no partido que lidera.
Pedro Rodrigues, o deputado que tem sido muito crítico da liderança de Rio, encontra nos resultados das presidenciais sinais preocupantes para o PSD, precisamente pelo que demonstram da capacidade de crescimento de partidos como o Chega e o Iniciativa Liberal.
"A situação crítica que o país vive tem deixado milhares de portugueses que não se revêem no espaço socialista, sem representação. O crescimento exponencial dos partidos à direita do PSD resultam de uma reação dos portugueses à dificuldade que o PSD tem sentido em mobilizar, representar e galvanizar os mais dinâmicos setores da sociedade portuguesa", analisa Rodrigues, que diz que esta "reconfiguração do sistema político à direita do PSD" resulta da "falência da liderança de Rui Rio".
Para Pedro Rodrigues, os portugueses votam em Ventura e no IL por causa da "incapacidade que o PSD tem revelado em ser oposição assertiva e alternativa de esperança para Portugal".
ÀSÁBADO, o social-democrata defende que os resultados destas eleições "significam que os portugueses não querem um PSD com cerimónias na oposição, mas um PSD firme e determinado".
E isso, argumenta, implica "um PSD que não se perca em grupos de trabalho interno, mas que seja consequente no Parlamento", que "não tenha medo de estar na rua junto dos portugueses que perderam o seu emprego e os seus rendimentos, que "não abandone as empresas sufocadas pela situação económica, que "lute ao lado dos trabalhadores a recibo verde que não tem apoio por parte do Estado".
"A situação que o país vive exige um PSD que se afirme como alternativa. Que compreenda a insatisfação e a frustração dos portugueses e os represente. Que lidere uma nova maioria não socialista em Portugal", declara o deputado que iniciou uma espécie de Estados Gerais do partido para debater soluções para o país.
"O PSD precisa de desenvolver uma profunda reflexão sobre as razões que conduzem à sua incapacidade de construir e liderar uma nova maioria, ser com essa reflexão consequente e, sobretudo agir rapidamente dando voz aos anseios de centenas de milhares de portugueses que não se sentem politicamente representados", sustenta.
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