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Revolucionária, mãe, mulher, ex-revolucionária

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 17 de janeiro de 2021 às 08:34
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Aos 21 anos, Ana Gomes já tinha vivido quase uma vida inteira: da militância anti-regime ao fervor revolucionário no MRPP, passando pelo casamento e maternidade.

Com 21 anos Ana Gomes já fora arrastada pelos corredores da Faculdade de Direito de Lisboa, aos gritos, por "gorilas"; já fizera parte dos clandestinos Comités de Luta Anti-Colonial e pichado muros em Lisboa com "Abaixo a guerra colonial"; já tinha sido detida pela polícia e comera as folhas de uma agenda para não revelar contactos; já casara com um estudante com quem partilhava a militância; já servira num restaurante e trabalhara numa empresa de congelados; já pertencera à direção da faculdade e contratara professores; já tinha sido atirada para o chão, grávida, do alto de um camião; já fora mãe; já sentira a culpa de quem deixara passar a militância à frente da filha; já tomara a decisão de sair do MRPP, que a deixou quase sem amigos.

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A SÁBADO traça esta semana perfil da candidata independente, da área socialista, quando tinha 21 anos, no ano quente de 1975. O trabalho faz parte de uma série sobre os candidatos das eleições presidenciais de 2021 aos 21 anos.

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