Dois dos detidos por suspeita de homicídio na forma tentada do motorista da Carris, em Santo António dos Cavaleiros, durante os tumultos em Lisboa, ficaram em prisão preventiva. A decisão foi do Tribunal de Loures, esta quinta-feira.
Autocarro da Carris incendiado a 24 de outubro
Segundo o comunicado da PJ, foram recolhidos elementos de prova do envolvimento dos suspeitos nos factos, como telemóveis e peças de roupa que terão sido usados naquela noite.
Recorde-se que o motorista de 42 anos, atacado por um grupo de encapuzados quando fazia a última carreira da noite, ficou preso num autocarro incendiado por um grupo de jovens encapuzados em Loures, no dia 24 de outubro. Tiago foi atingido por um dos ‘cocktails molotov’ atirados para o interior do autocarro em Santo António dos Cavaleiros, em Loures, já depois de os passageiros terem saído. Ficou encurralado pelas chamas e quando conseguiu sair da viatura já tinha sofrido queimaduras de terceiro grau.
Segundo a Comarca de Lisboa Norte, "os arguidos foram submetidos a primeiro interrogatório, tendo prestado declarações em que negaram a prática dos factos", lê-se numa nota. "Foi considerada fortemente indiciada a prática pelos arguidos de factos integradores da prática, em co autoria material, de um crime de homicídio qualificado na forma tentada, previsto e punido pelos artigos 22.º, 23.º, 131.º e 132.º., números 1 e 2, als. e) e h), do Código Penal; de um crime de incêndio, previsto e punido pelo art.º 272.º, n.º 1, al. a), do Código Penal; de um crime de dano qualificado, previsto e punido pelo art.º 213.º, n.º 1, c), e n.º 2, al. a), do Código Penal (veículo AS-90-OO) e de um crime de omissão de auxilio, p e p pelo art.º 200.º, n.º 1 e 2 do Código Penal."
"Os autos encontram-se em segredo de justiça e foi entendido que se encontravam reunidos os pressupostos para aplicação aos arguidos de uma medida de coação, para além do TIR", adianta o tribunal, devido ao "perigo de perturbação da ordem e tranquilidade públicas, sendo inquestionável a gravidade objetiva das condutas imputadas aos arguidos, bem como os sentimentos de insegurança, intranquilidade, medo, revolta e repúdio que as mesmas geram na comunidade em geral, perigo de continuação da atividade criminosa, embora numa vertente mais mitigada e ainda perigo de perturbação do inquérito na modalidade de aquisição e conservação da prova, na medida em que algumas pessoas residentes nas imediações onde os factos ocorreram recusaram prestar depoimento justificando que tinham receio de represálias por parte dos arguidos."
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"