Sábado – Pense por si

Ponte entre Porto e Gaia prevista para 2022 ainda não arrancou

21 de outubro de 2019 às 16:08
Capa da Sábado Edição 26 de agosto a 1 de setembro
Leia a revista
Em versão ePaper
Ler agora
Edição de 26 de agosto a 1 de setembro
As mais lidas

A sétima travessia sobre o Douro seria construída à cota baixa estando previstas a ligação para trânsito rodoviário e transporte público, uma passagem pedonal e ciclovia.

Os autarcas dePortoeGaiaanunciaram em abril de 2018 a construção de uma nova travessia sobre oDouro, mas, um ano e meio depois, o projeto, cuja conclusão era apontada para 2022, ainda não avançou para o terreno.

A nova ponte a instalar entre Campanhã (Porto) e o Areínho de Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia) era apresentada, à data, como uma solução para "retirar trânsito automóvel dos dois centros históricos, desviando-o para zonas de expansão e diminuindo a pressão onde ela é mais evidente", lia-se na proposta de protocolo a assinar entre os dois municípios discutida em junho desse ano.

Antes, no anúncio formal, a 12 de abril, os autarcas revelavam que a sétima travessia sobre o Douro seria construída à cota baixa, numa extensão de 250 metros, estando previstas a ligação para trânsito rodoviário e transporte público, uma passagem pedonal e ciclovia.

A construir no prazo de três a quatro anos, a nova ponte, a ser batizada como Ponte D. António Francisco dos Santos, em homenagem ao bispo que morreu em setembro de 2017, tinha um custo estimado de 12 milhões de euros, valor suportado inteiramente pelas autarquias do Porto e Gaia.

Na altura, os autarcas avançavam que seriam necessários dois concursos públicos, um para a conceção a lançar naquele ano (2018), e um segundo de caráter internacional para a construção.

A Lusa aguarda, desde final de setembro, a resposta aos pedidos de esclarecimento enviados à Câmara do Porto e Gaia, sobre o avanço da nova travessia, assim como da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que foi acusada, em junho, pelo autarca do Porto, de estar a "atrasar" a construção da nova ponte.

"A APA é aquela que nos está a levar a atrasar as questões da ponte com Gaia", afirmou Rui Moreira, durante a Assembleia Municipal de 26 de junho deste ano.

O autarca revelou que os técnicos da APA "entendem que a ponte não deve ter a mesma cota relativamente ao rio do tabuleiro inferior da Ponte D. Luís I".

Questionada pela Lusa, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) referiu apenas que "no devido tempo e no âmbito das suas competências, a APDL foi consultada sobre esta matéria e deu o seu parecer técnico sobre o projeto".

Já Infraestruturas de Portugal esclareceu que disponibilizou apoio técnico às autarquias, embora não tenha que se pronunciar ou emitir qualquer parecer sobre o projeto em questão.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!

O resort mais rico e fechado

Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.

Cuidados intensivos

Regresso ao futuro

Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?