O ainda líder do PS esteve esta terça-feira, pela última vez nesta qualidade, numa audiência com o Presidente da República, no âmbito das rondas que Marcelo Rebelo de Sousa está a realizar depois das eleições legislativas do passado domingo.
Pedro Nuno Santos disse esta terça-feira que espera que a "situação política se estabilize rapidamente", recusando fazer mais comentários nomeadamente sobre o futuro imediato da liderança do partido.
O líder socialista falava à saída da curta reunião com o Presidente da República, que está a ouvir os partidos depois das eleições do passado domingo, em que o PS teve um dos piores resultados da sua história, estando para já, e ainda sem conhecer o dados do círculo da emigração, num empate em segundo lugar com o Chega.
"Neste momento quero apenas dizer-vos que desejo que a situação política em Portugal se estabilize rapidamente e que o país possa fazer o seu caminho, superando os problemas que obviamente nós ainda temos", afirmou no Palácio de Belém, onde esteve cerca de 20 minutos com Marcelo Rebelo de Sousa. "Teremos outras oportunidades para falar de outros temas. E queria dizer-vos apenas que foi uma boa reunião, um bom encontro com o Sr. Presidente da República", acrescentou.
Pedro Nuno Santos, que lidera o PS desde janeiro do ano passado, anunciou que vai demitir-se e não se recandidata nas próximas eleições internas depois do desaire eleitoral do passado domingo. O PS teve 23,38% dos votos, ficando a par do Chega, em luta pelo segundo lugar e na liderança da oposição. Para já, e ainda não estando apurados os resultados do círculo da emigração, os dois partidos conseguem 58 deputados.
Na reunião desta terça-feira, Pedro Nuno foi acompanhado de Carlos César, presidente do PS, e que, segundo informações recolhidas pelo Negócios, pode assumir a liderança interina do partido até depois das autárquicas, quando se esperam eleições internas.
Na noite das eleições, o secretário-geral socialista anunciou a saída e convocou para este sábado, 24 de maio, a Comissão Nacional do partido para discutir os resultados e discutir os próximos passos.
O ex-ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, já anunciou a disponibilidade para liderar o partido.
Para a ministra do Trabalho, o combate a quem se serve da generosidade da lei podia começar em casa.
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