Jerónimo de Sousa garante que o PCP pretende continuar a honrar a palavra dada, mas lembra votações do PS ao lado do PSD e do PP que não agradaram aos comunistas
O secretário-geral do PCP reforçou, esta segunda-feira, a intenção de continuar o "caminho de honrar a palavra dada na posição conjunta" com o PS, mas manifestou-se inquieto com as "opções" socialistas, nomeadamente para os sectores produtivos, como a agricultura.
Criticando a "recusa em se libertar das imposições europeias e outros constrangimentos externos e internos" por parte do Governo de António Costa, Jerónimo de Sousa abriu as jornadas comunistas em Trás-os-Montes abordando questões como a dos terrenos baldios, da Casa do Douro, da produção leiteira e pecuária, além da necessidade de proteger o poder local e os serviços públicos como a educação e a saúde. "Em todo este processo, onde pesaram os condicionamentos das opções do Governo e sua recusa em se libertar das imposições e de outros constrangimentos externos e internos, seguimos o caminho de honrar a palavra dada na posição conjunta e, acima de tudo, o compromisso com trabalhadores e povo na defesa de seus interesses e justas aspirações a uma vida melhor", disse.
O líder comunista sublinhou a importância da "agricultura familiar" na região transmontana e o desaparecimento de 150 mil explorações entre 2009 e 2013 em resultado da "Política Agrícola Comum e da política de direita de sucessivos governos". "Porém, quando se trata de passar das palavras aos actos, a situação é diferente. Vimos isso recentemente com o projecto do PCP de valorização da agricultura, chumbado pelos votos de PSD e CDS, mas também do PS. Nós não podemos deixar de nos inquietar com tais opções!", afirmou.
Para Jerónimo de Sousa, "um País que não produz não tem futuro". "Parece que há quem imaginasse que isso era possível, mas os resultados estão à vista. O país não 'viveu acima das suas possibilidades', produziu foi abaixo das suas necessidades e possibilidades e distribuiu muito mal a riqueza", insistiu.
A receita do PCP é "produzir mais para viver melhor, produzir mais para dever menos". "A região transmontana tem enormes potencialidades e recursos naturais que podem e devem ser aproveitados numa lógica de valorização da produção nacional, desenvolvimento do aparelho produtivo, criação de emprego e melhoria das condições de vida", declarou o líder parlamentar comunista, João Oliveira.
O deputado do PCP salientou tratar-se das primeiras jornadas do partido nos distritos de Vila Real e de Bragança, sendo dedicadas ao "combate às assimetrias, pelo desenvolvimento regional".
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