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PCP defende que controlo da TAP pelo Estado “não pode ficar” pelos 72,5%

Partido insiste que só uma nacionalização total da companhia aérea pode evitar que venha a ser "um apêndice de uma qualquer empresa estrangeira".

O PCP afirmou hoje o controlo pelo Estado de 72,5% da TAP é insuficiente e insistiu na nacionalização total para evitar que venha a ser "um apêndice de uma qualquer empresa estrangeira".

Horas depois de o Governo ter anunciado um acordo com os privados para a compra de 72,5% do capital da companhia, o deputado comunista Bruno Dias afirmou aos jornalistas, na Assembleia da República, que este é um processo para continuar e "não pode ficar por aqui".

"Este acordo que foi anunciado é uma peça de um processo que nós temos todos de assumir que não pode ficar por aqui", disse.

O importante é o Estado "assumir o controlo publico e efetivo da TAP", evitar que a empresa seja influenciada por "interesses privados" ou que seja colocada "como um qualquer apêndice de uma empresas estrangeira".

Os comunistas defendem, igualmente, o apuramento de responsabilidades da gestão privada da companhia aérea e estão abertos a discutir iniciativas de outros partidos, como a do Bloco de Esquerda, de uma auditoria.

Bruno Dias, porém, lembrou que o projeto do partido para a nacionalização da transportadora, chumbado há semanas no parlamento, já previa este apuramento de responsabilidades.

O Governo anunciou na quinta-feira à noite que chegou a acordo com os acionistas privados da TAP, passando a deter 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros.

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