Partido condenou a decisão do Governo português de receber o primeiro-ministro israelita e o secretário de Estado norte-americano.
OPCPcondenou esta quarta-feira a decisão do Governo português de receber o secretário de Estado norte-americano e o primeiro-ministro israelita, argumentou que compromete Portugal com as "reiteradas violações do direito internacional" daqueles responsáveis e apelou à participação em protestos.
"A presença do Secretário de Estado da Administração Trump e do ainda primeiro-ministro israelita em Portugal são profundamente contrárias ao interesse nacional, aos preceitos constitucionais, aos valores da paz e da cooperação, comprometendo Portugal com as reiteradas violações do direito internacional de que ambos são protagonistas", defende o PCP em comunicado.
Os comunistas apelam à mobilização em torno das ações de protesto convocadas pelo "movimento da paz e de solidariedade com os povos", quinta-feira, no Porto, e sexta-feira, em Lisboa, como forma de "todos os democratas, patriotas, amantes da paz" mostrarem que Mike Pompeo e Benjamim Netanyahu "não são bem-vindos a Portugal".
"Se a decisão de receber o secretário de Estado dos EUA ao mais alto nível já constituía um grave gesto de subordinação do Governo português à política militarista e agressiva dos EUA e da NATO, a agora noticiada decisão de acolher e receber a esse mesmo nível Benjamin Netanyahu constitui uma afronta aos princípios da Constituição da República Portuguesa e está em contradição com sucessivas deliberações da Assembleia da República relativas à questão palestiniana, que condenam a política ilegal de Israel e reiteram os direitos nacionais do povo palestiniano de acordo com as resoluções das Nações Unidas", argumenta o PCP.
Para o Partido Comunista, "nada obriga o Governo português a dar cobertura a um encontro em Portugal (entre os dois responsáveis] cujo conteúdo é previsível e profundamente negativo, nem a receber Benjamin Netanyahu, tanto mais quando este não está na plenitude das suas funções e se encontra a contas com a justiça".
"A confirmarem-se tais notícias, o povo português está confrontado com uma situação que, no atual contexto internacional, afeta gravemente o prestígio de Portugal no mundo", sublinha o partido.
O PCP lembra o recente "bombardeamento e vaga de repressão de Israel contra o povo palestiniano, de que resultaram mais de 30 mortos, de que o principal responsável é o primeiro-ministro Israelita", assim como recorda as declarações de Pompeo de deixar de considerar ilegais os colonatos israelitas, ao arrepio das Nações Unidas.
O secretário de Estado dos Estados Unidos antecipou uma visita a Lisboa, inicialmente prevista para sexta-feira, onde chega hoje para ter um encontro com o primeiro-ministro de Israel e manter contactos com o Governo português, segundo o Departamento de Estado.
Após marcar presença na cimeira de líderes de dois dias da NATO, que termina hoje em Londres, o chefe da diplomacia norte-americana "irá viajar para Lisboa, Portugal, de 04 [hoje] a 05 [quinta-feira] de dezembro, onde irá encontrar-se com o primeiro-ministro português, António Costa, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva", refere a informação disponibilizada pelo Departamento de Estado.
Estes encontros com o primeiro-ministro português, António Costa, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, deverão acontecer na quinta-feira.
O Departamento de Estado confirma também que Mike Pompeo irá encontrar-se em Lisboa com o primeiro-ministro de Israel em funções, Benjamin Netanyahu.
O encontro do chefe da diplomacia norte-americana com Benjamin Netanyahu está previsto para hoje à noite.
O primeiro-ministro, António Costa, também vai receber em São Bento, na quinta-feira, o seu homólogo israelita.
PCP apela à mobilização em manifestações contra Netanyahu e Pompeo
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