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Passos Coelho à saída do tribunal: "Não me sinto responsável pelo que se passou no BES"

Luana Augusto
Luana Augusto 11 de fevereiro de 2025 às 13:42
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O antigo primeiro-ministro foi ouvido, esta terça-feira, como testemunha no caso BES. À saída do tribunal considerou que não se sente responsável pela queda do banco que considerou como uma "falência desordenada".

O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho afirmou, esta terça-feira, à saída do tribunal onde foi ouvido comotestemunha no caso BES, que não se sente "responsável pelo que se passou no Banco Espírito Santo, porque não tinha responsabilidades" neste banco. "Creio que agi de acordo com a interpretação que fiz, que era do interesse coletivo, do Estado e nacional".

MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Em declarações aos jornalistas considerou, contudo, que "houve responsabilidades" e que estas terão "de ser apuradas". "Espero que haja a possibilidade de se identificar as responsabilidades". 

Questionado sobre a nacionalização do BES, Pedro Passos Coelho apontou que era algo fora de questão. Sustenta que teria custado muito dinheiro aos contribuintes. "A nacionalização tinha sido uma decisão tomada anos antes pelo Governo que me antecedeu. O BPN era uma banqueta, era um banco pequenino. A nacionalização do BPN ainda hoje custa biliões de euros ao Estado português. Agora imagine uma coisa com a dimensão do BES."

Segundo o antigo primeiro-ministro, a nacionalização do BES seria sinónimo de "uma fatura pesadíssima para os contribuintes".

Além disso, defendeu que "era impensável que a Caixa Geral de Depósitos pudesse atuar no sentido de promover um financiamento ao Grupo Espírito Santo", grupo este que "estava sem sustentabilidade financeira". "Teve de resolver os seus problemas", defendeu.

Sobre o BES, Pedro Passos Coelho afirmou ainda que tem "pena que tivesse ocorrido uma falência desordenada". Contudo, proferiu: "Não é matéria que caiba aos governos".

O antigo primeiro-ministro foi ainda questionado acerca de uma eventual candidatura às presidenciais, ao que indicou: "Não vou fazer comentários sobre candidaturas. Estou fora da atividade partidária e política".

Pedro Passos Coelho era chefe do Governo quando o Banco Espírito Santo caiu. Foi esta terça-feira ouvido em tribunal como testemunha. A sessão inicou-se pelas 10h da manhã.

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