Governo decidiu manter as escolas fechadas e optar pelo ensino à distância até ao final do atual ano letivo, tendo em conta a pandemia de covid-19.
As associações de pais saudaram hoje as decisões do Governo em manter o ensino a distância e só retomar as aulas presenciais no secundário caso haja garantias de segurança, assim como a opção de adiar os exames nacionais.
Tanto o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) como o presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) aplaudiram as decisões anunciadas hoje pelo primeiro-ministro António Costa para a área da educação, tendo em conta a pandemia de covid-19.
"As medidas correspondem ao que nós queríamos", defendeu o presidente da CNIPE, Rui Martins, em declarações à Lusa, após a conferência de imprensa em que António Costa anunciou as medidas decididas hoje em Conselho de Ministros.
"São as opções possíveis tendo em conta a situação que vivemos", corroborou o presidente da Confap, Jorge Ascenção, também em declarações à Lusa.
Os dois representantes dos pais e encarregados de educação apontaram como pontos positivos a decisão do Governo em manter as escolas fechadas e optar pelo ensino à distância até ao final do atual ano letivo.
A medida prevê uma exceção para os alunos do 11.º e 12.º anos, que poderão regressar às salas de aula, mas esta mudança estará sempre dependente da evolução da disseminação do novo coronavírus.
Tanto a Confap como a CNIPE concordaram com a decisão de os alunos do secundário puderem regressar às escolas em maio caso a evolução da pandemia assim o permita e tendo em conta as regras hoje anunciadas por António Costa.
Caso as escolas reabram, os alunos terão apenas aulas às 22 disciplinas sujeitas a exames nacionais e o acesso aos estabelecimentos de ensino será feito com o uso de máscaras e garantindo as distâncias de segurança e higienização.
"É muito difícil ter hoje decisões definitivas sobre o início de maio. Mas desejamos que tal seja possível, que haja condições de segurança para que os alunos do secundário regressem à escola", reconheceu presidente da Confap.
Além do ensino à distância, os alunos do ensino básico – do 1.º ao 9.º anos – terão o apoio de aulas transmitidas diariamente através do canal RTP Memória, a partir de 20 de abril.
Outra das medidas aplaudidas pelos pais foi a de manter a avaliação dos alunos por parte dos professores e a de deixar cair as provas de aferição e os exames do 9.º ano de escolaridade.
"Não é tempo de desistir. Temos de tentar", sublinhou Jorge Ascenção, que considera fundamental os jovens continuarem as suas aprendizagens.
Sobre o adiamento dos exames nacionais e a possibilidade de a atividade letiva se estender até 26 de junho, os pais também se mostram compreensivos.
Jorge Ascenção lamentou apenas que o apoio às famílias não tenha sido alargado para quem tem filhos até aos 16 anos, mantendo-se nos 12 anos.
O Governo decidiu em março encerrar todas as escolas e desde 16 de março que o ensino passou a ser feito à distância. Em casa, estão cerca de dois milhões de crianças e jovens que frequentavam desde creches a estabelecimentos de ensino superior.
Apesar de ter sido questionado pelos jornalistas, António Costa não avançou novidades sobre a possibilidade de reabertura das creches. Já sobre o ensino pré-escolar, considerou que não há ainda condições de segurança e, por isso, estes estabelecimentos de ensino também vão continuar fechados.
O Governo decretou no final do mês passado o Estado de Emergência, que foi prorrogado por mais 15 dias, por causa da disseminação do novo coronavirus que já fez mais de 400 mortos e infetou quase 14 mil pessoas em Portugal.
Pais aplaudem decisão de manter escolas fechadas e adiar exames
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.