Os negócios da Máfia do Sangue que levaram à acusação

Os negócios da Máfia do Sangue que levaram à acusação
António José Vilela 08 de novembro de 2019

Durante a investigação a Polícia Judiciária e o Ministério Público recolheram inúmeros indícios de concursos públicos para aquisição de plasma que terão sido objeto de crimes de corrupção.

Muitos meses antes do processo chegar ao fim, a tese da Polícia Judiciária (PJ) já era lapidar: o antigo presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Cunha Ribeiro, e vários membros de júris de concursos públicos foram corrompidos nos negócios milionários de compra de produtos hemoderivados e plasma humano para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O corruptor? O grupo Octapharma e Paulo Lalanda Castro, o antigo patrão de José Sócrates.
"Foi possível reunir indícios que permitem concluir que Paulo Lalanda Castro, na sua atividade por conta do grupo Octapharma, logrou aliciar para a defesa dos interesses deste diversos médicos da especialidade de imuno-hemoterapia que, desde o CP [Concurso Público] 19/98, tomaram parte no processo de decisão dos procedimentos concursais para aquisição de plasma humano inativado e hemoderivados para o SNS", refere um relatório de 130 páginas da PJ, datado de maio de 2017, a que a SÁBADO teve acesso.

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