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Operação Éter: Câmara de Vizela investigada por factos de mandatos anteriores

08 de novembro de 2019 às 11:51
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O Ministério Público decidiu separar os processos na Operação Éter, continuando a investigar num inquérito autónomo os factos relacionados com as lojas interativas da Turismo do Porto e Norte de Portugal.

A Câmara deVizelainformou esta sexta-feira ter havido "buscas e apreensão" de documentação relacionada com a criação de uma loja de turismo no concelho, mas sublinhou que o caso reporta ao anterior executivo municipal.

"Os factos constantes do inquérito judicial em apreço dizem respeito a período correspondente a mandatos autárquicos anteriores, razão pela qual se desconhecem os factos em investigação, não tendo qualquer membro do atual executivo sido ouvido no âmbito do mesmo a qualquer título", lê-se num esclarecimento escrito enviado à Lusa.

O Ministério Público (MP) decidiu separar os processos na Operação Éter, continuando a investigar num inquérito autónomo os factos relacionados com as lojas interativas da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP).

No esclarecimento de Vizela, refere-se também que a autarquia tem "colaborado totalmente com o órgão de polícia criminal no fornecimento de todos os elementos tendentes à descoberta da verdade".

Ainda segundo aquele município do distrito de Braga, "dois funcionários que, à data, se encontravam ao serviço desta autarquia, mas atualmente não se encontram, foram ouvidos no âmbito do referido inquérito, desconhecendo-se, contudo, em que qualidade".

Também no distrito de Braga, outro concelho onde foi instalada uma loja de turismo foi Fafe.

Questionada aquela autarquia sobre se alguns dos membros do executivo ou técnicos tinham sido ouvidos no âmbito do inquérito em curso, o município respondeu: "Não temos conhecimento da existência de qualquer representante da autarquia visado neste processo".

No âmbito da Operação Éter, o Ministério Público deduziu, a 25 de outubro, acusação contra 29 arguidos (21 pessoas individuais e oito entidades coletivas), incluindo o ex-presidente da Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP), Melchior Moreira, que se encontra em prisão preventiva desde 18 de outubro de 2018.

Além de Melchior Moreira, foram então detidos pela PJ por alegada viciação de procedimentos de contratação pública, Isabel Castro, diretora operacional do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Gabriela Escobar, jurista daquela entidade, Manuela Couto, administradora da W Global Communication (antiga Mediana) e José Agostinho, da firma Tomi World, de Viseu.

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