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O que Rui Pinto contou no interrogatório

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto 17 de outubro de 2019 às 07:00

Na única vez que aceitou falar às autoridades, o criador do Football Leaks garantiu nunca ter cometido qualquer pirataria nem ter tentado ganhar dinheiro com informação confidencial.

Eram 18h37m de 22 de maio de 2019 quando Rui Pinto começou a ser interrogado pela juíza de instrução criminal Maria Atónia Andrade. Na sala estavam ainda a procuradora titular do inquérito Patricia Barão, a procuradora adjunta Vera Camacho e os advogados de defesa Francisco Teixeira da Mota e Luísa Teixeira da Mota. Depois de responder às perguntas habituais sobre a sua identidade e morada, a juíza perguntou-lhe se queria prestar declarações. Rui Pinto disse que sim - mas apenas sobre alguns dos factos pelos quais tinha sido detido: as suspeitas de entrar nos sistemas informáticos da Doyen Sports Invesments e do Sporting Clube de Portugal, de divulgar documentos confidenciais no site Football Leaks e de tentar extorquir o então CEO da Doyen, Nélio Lucas. Foi a única das várias vezes que foi chamado a depor que o pirata informático, num tom calmo e pausado, aceitou responder às perguntas das autoridades portuguesas. 

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