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Nova proposta do PS para Lei de Bases da Saúde chumbada

18 de junho de 2019 às 19:04
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A decisão foi tomada esta terça-feira. Todos os partidos, com exceção do PS, votaram contra a proposta do Governo sobre a nova Lei de Bases de Saúde.

A nova proposta do PS paraLei de Bases da Saúdefoi chumbada por unanimidade esta terça-feira, l avança a RTP. Todos os partidos votaram contra a proposta do artigo da Lei de Bases da Saúde referente às Parcerias Público-Privadas, com exceção do PS, depois de a votação indiciária da base 18 já ter sido adiada três vezes.

Na prática, isto significa que o texto final não vai contar com nenhuma referência às PPP no setor da saúde. 

O PSD e CDS-PP já tinham anunciado o voto contra a proposta. 

As votações terão, agora, de ser confirmadas na especialidade - na comissão parlamentar de Saúde - e em plenário, para efeitos de votação final global.

Neste momento, caso o processo legislativo fechasse, a nova Lei de Bases da Saúde não teria qualquer referência à forma de gestão das PPP, algo que o BE não aceita, alegando que seria uma passadeira para a gestão privada dos estabelecimentos do Serviço Nacional da Saúde (SNS).

Na semana passada, o PS apresentou uma proposta que acentuava a primazia da gestão pública dos estabelecimentos do SNS, admitindo o recurso excecional à gestão privada.

Hoje, o Bloco de Esquerda apresentou uma proposta que revogava o decreto-lei que regulamentava a norma transitória sobre os contratos de PPP na saúde.

O tema já tinha sido abordado hoje no debate quinzenal, com António Costa a responsabilizar o Bloco de Esquerda caso a proposta não fosse aprovada. "Se a Lei de Bases chumbar, a responsabilidade é exclusivamente sua e do seu grupo parlamentar", acusou o primeiro-ministro, avisando que quem chumbar a votação final global da proposta irá manter "em vigor a Lei de Bases que a direita aprovou em 1990".

"O Bloco já propôs uma solução para este impasse", respondeu a Costa a líder do BE. "Revoguemos a lei atual e deixemos a próxima legislatura decidir se esta porta deve ser deixada aberta aos privados. Essa é a nossa proposta para daqui a pouco, no grupo de trabalho".

"Aprovar uma Lei de Bases que proteja o Serviço Nacional de Saúde e o acesso aos cuidados de saúde é mais importante que impor nesta lei a vontade do grupo Mello", lançou Catarina Martins.

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