NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Representante do SNMMP, Pardal Henriques, refere que patrões têm de aceitar "base de entendimento" negociada esta sexta-feira com o Governo e teme que disponibilidade seja "apenas uma farsa".
O porta-voz do sindicato de motoristas de matérias perigosas disse este sábado ver com agrado a disponibilidade da associação das empresas para integrar um processo de mediação, mas ressalvou ser necessário que a base de entendimento já debatida seja aceite.
"Registamos com agrado o facto de aAntram[Associação de Transportadores Rodoviários de Mercadorias] querer iniciar este processo de mediação, mas não é suficiente esta vontade, é preciso demonstrar que há realmente vontade e que não é apenas uma farsa, aceitando a base de entendimento que negociámos ontem com oGoverno", disse à Lusa Pedro Pardal Henriques.
"A Antram pretende demonstrar de uma forma ainda mais firme o seu inequívoco propósito de chegar a um acordo com todos os trabalhadores do setor e, nessa medida, mostra a sua total disponibilidade para integrar um processo de mediação junto daDGERT(Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho)", refere em comunicado divulgado também este sábado.
"É convicção desta associação que um processo de mediação, realizado em clima de paz, poderá conduzir à solução do problema", acrescenta a direção da Antram no mesmo comunicado.
"Esse processo de mediação foi aquele que foi iniciado ontem [na sexta-feira]", considerou à Lusa o porta-voz do sindicato.
"Ficámos ali 10 horas para chegar a uma base de entendimento" e "a resposta da Antram foi clara: não quer negociar, não quer mediar", criticou Pardal Henriques.
"Acho que ontem [na sexta-feira] ficou bem claro que a Antram não quer negociar nem com greve nem sem greve, porque nós dissemos que suspendíamos uns dias de greve se a Antram comparecesse às negociações e a resposta foi 'não aceitamos'", adiantou o porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).
A associação patronal tinha recusado na quinta-feira entrar num processo de mediação do Governo, sustentando que só voltaria à mesa das negociações se o sindicato das matérias perigosas desconvocar a greve.
No entanto, a direção da Antram diz este sábado, no mesmo comunicado, que não ficou indiferente ao apelo que o primeiro-ministro fez para que o SNMMP e a associação das empresas de transportes se entendam e terminem a greve.
Na quinta-feira, António Costa saudou o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias por ter desconvocado a greve e iniciar as negociações com a associação patronal.
A direção da Antram refere ainda que apresentou, no Ministério das Infraestruturas e Habitação, uma proposta "que permitirá colocar os trabalhadores daquele sindicato em condições idênticas aos trabalhadores afetos à Fectrans e ao Sindicato Independente dos Motoristas de Mercados (SIMM).
"Não obstante essa proposta não ter merecido aceitação por parte dos dirigentes do SNMMP, acreditamos que a mesma ainda possa vir a ser aceite no plenário que aquele sindicato irá realizar amanhã [domingo], 18 de agosto de 2019", sublinha a direção.
A falta de acordo foi comunicada pelo porta-voz do sindicato de motoristas de matérias perigosas e, posteriormente, confirmada pela Antram e pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
"Trabalhámos em conjunto com o senhor ministro uma proposta que seria razoável para desbloquear a situação. A Antram rejeitou a proposta e a greve mantém-se", afirmou à agência Lusa o representante do SNMMP no final da reunião.
A greve começou na segunda-feira, 12 de agosto, por tempo indeterminado, para reivindicar junto da Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
A paralisação foi inicialmente convocada pelo SNMMP e pelo SIMM, mas este sindicato desconvocou o protesto na quinta-feira à noite, após um encontro com a Antram sob mediação do Governo.
No final do primeiro dia de greve, o Governo decretou uma requisição civil, parcial e gradual, alegando incumprimento dos serviços mínimos que tinha determinado.
Motoristas: Sindicato aceita novas negociações com patrões
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.