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Morreu o radialista Adelino Gonçalves

Diogo Barreto
Diogo Barreto 22 de junho de 2025 às 12:25
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O radialista apresentou durante anos o programa "Discoteca" na Rádio Comercial, dedicado aos ritmos mais dançáveis vindos de Miami e Nova Iorque, durante a década de 80.

O radialista Adelino Gonçalves, que apresentou durante vários anos o programa "Discoteca" na Rádio Comercial, morreu este sábado, aos 66 anos, avançou a Antena 1.

D.R.

O programa "Discoteca" era "especializado na música de dança de raiz negra, com ascendentes na música soul e na Motown mais ritmada, foi um espaço alternativo durante o período a que se chamou o boom do rock português", refere a Antena 1 na publicação em que anunciou a morte do radialista.

Foi através do seu programa que começaram a ser ouvidos em Portugal nomes como Whitney Houston, Ashford & Simpson, Janet Jackson ou Gary Byrd and the GB Experience, vindos diretamente dos clubes de dança de Miami ou Nova Iorque. Numa publicação nas redes sociais a Rádio Comercial escreve que Adelino Gonçalves "iluminou o início das tardes de mais de uma geração, e faz parte das grandes referências do arranque da Comercial".

Depois da Rádio Comercial, trabalhou na Rádio Energia e na Rádio Marginal, tendo sido também a voz da Rádio Capital.

O radialista Nuno Markl lembra a "carismática voz do Adelino Gonçalves" ao mesmo tempo que lamenta não haver muitos registos dos programas de Adelino Gonçalves, homem com quem vai desaparecendo uma época: "E como Homem da Rádio numa altura em que era a voz o mais importante, também não há muitas imagens do Adelino Gonçalves - e não há nada de errado nisso. Lembro-me que o conhecíamos sobretudo do anúncio de jornal da Discoteca - e isso era o suficiente para ligarmos a voz a um rosto. Mas, na verdade, nem as estrelas da Rádio faziam questão de mostrar como eram, nem o público ansiava por saber, preferindo imaginar as caras atrás das vozes".

Já o jornalista Vitor Belanciano lembra como "numa altura em que a rádio era um meio de divulgação musical relevante e quase não se ouvia em Portugal música de raiz negra, ele passava soul, R&B ou funk, alternando nomes conhecidos com emergentes, e contextualizando-os". Terá sido também uma das primeiras pessoas da rádio a passar hip hop em Portugal, tendo passado no seu programa Sugarhill Gang ou Grandmaster Flash e os seus mensageiros.

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