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Morreu Fernando Antunes da Costa, um dos fundadores do PS

26 de março de 2018 às 12:03
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Fernando Antunes da Costa era o militante número quatro do partido. Morreu aos 78 anos.

Fernando Antunes da Costa, um dos fundadores do PS, morreu no domingo, em Lisboa, com 78 anos, disse à agênciaLusauma fonte oficial do partido.

Nascido em Lisboa em 20 de Junho de 1939, Fernando Antunes da Costa era o militante número quatro do partido, acrescentou a mesma fonte.

O velório do antigo fundador do PS vai decorrer na capela mortuária de Carnaxide, em Oeiras, das 13h00 às 18h00.

A notícia da morte de Fernando Antunes da Costa tinha sido anunciada no domingo à noite pelo deputado João Soares na sua página do Facebook.

"Morreu hoje [domingo] o meu amigo Fernando Antunes Costa. Fundador do PS, segundo a lista elaborada, em 1977, por Tito Morais e Catanho de Menezes", anunciou.

João Soares indicou que Fernando Antunes da Costa viveu nos últimos anos no Lar da Casa Pia, em Lisboa.

"O Luís Vaz e eu, tínhamo-lo visitado, há poucas semanas. Já estava muito debilitado. Muito ativo na minha malograda candidatura a SG [secretário-geral] do PS, contra Sócrates, não esqueço. Foi um bom amigo. Deixo aqui sentido testemunho de respeito pela sua memória", destacou.

Numa entrevista à Acção Socialista a propósito dos 40 anos do PS, Fernando Antunes da Costa considerava que o partido tinha desbravado "os caminhos da liberdade".

"Não foi sozinho (...), mas foi o partido que conseguiu de facto albergar no seu seio pessoas de diferentes origens, sociais e económicas", disse.

Na entrevista, lembrou que o PS tinha um escasso número de militantes activos em 1973, acabando por ver a sua ideologia ser muito abrangente para a sociedade portuguesa, que estava espoliada materialmente e também politicamente.

"Não havia liberdade, não havia democracia. O ser humano não podia usufruir da liberdade a que todos temos direito", sublinhou.

Quando questionado sobre o que representou para si o 25 de abril de 1974, Fernando Antunes da Costa destacou a euforia pelo momento histórico "em que a liberdade não podia voltar atrás e o domínio económico ia progredir".

"Contudo, no dia 25 à noite quando cheguei a casa e liguei a televisão, tive logo uma decepção enorme. Quando vi os membros que formavam a comissão de salvação nacional e que tinha logo à partida como presidente o senhor Spínola", disse.

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