O ministro do Ambiente lembrou que os moradores "não podem estar ali". Interpuseram um conjunto de ações em tribunal para tentarem impedir a demolição do edifício e "perderam-nas todas".
O ministro do Ambiente afirmou esta sexta-feira que os "abusados" no processo do prédio Coutinho são os poderes públicos e não os moradores, que "não podem estar ali" e sabem que têm de abandonar aquele edifício em Viana do Castelo.
Questionado se seria um abuso da Sociedade VianaPolis deixar os últimos nove residentes daquele prédio em Viana do Castelo sem gás, luz e água, Matos Fernandes respondeu: "Aqui os abusados somos nós, os poderes públicos, porque [os moradores] há 19 anos que sabem que têm de sair de lá".
"As pessoas não podem estar ali, é um edifício público, que foi expropriado e que tem de começar a ser desconstruído", disse Matos Fernandes, acrescentando que os moradores "estão a ocupar um espaço que não é deles", estão a "incumprir" uma decisão judicial e "correm o risco de estar a cometer um crime".
O ministro sublinhou que os moradores interpuseram um conjunto de ações em tribunal para tentarem impedir a demolição do edifício e "perderam-nas todas".
Lembrou também que foram dados 90 dias para os moradores saírem, mas ainda há "seis famílias" que permanecem no prédio.
A sociedade VianaPolis informou, esta quarta-feira, que vai avançar com "queixas-crime por desobediência a ordem legítima confirmada judicialmente" contra os últimos moradores do prédio Coutinho, em Viana do Castelo, que, desde segunda-feira, recusam abandonar o edifício.
A sociedade VianaPolis informou, esta quarta-feira, que vai avançar com "queixas-crime por desobediência a ordem legítima confirmada judicialmente" contra os últimos moradores do prédio Coutinho, em Viana do Castelo, que, desde segunda-feira, recusam abandonar o edifício.
"Há 19 anos que estamos a faltar à palavra aos comerciantes do mercado municipal, que viram o seu mercado demolido e mandados para a periferia da cidade", referiu o ministro do Ambiente.
Reiterou que as pessoas "têm de sair" do prédio Coutinho e o edifício tem de ser demolido, "em prol do interesse público".
O ministro disse ainda que os moradores têm "casas à espera deles" no centro da cidade ou então as indemnizações fixadas pelo tribunal.
A sociedade VianaPolis iniciou cerca das 08:30 de hoje os trabalhos de desconstrução das frações desocupadas no prédio Coutinho, em Viana do Castelo, sendo que no interior do edifício permanecem nove moradores que se recusam a entregar seis habitações.
O ministro apelou para que as pessoas saiam, porque "vão mesmo ter de sair".
Matos Fernandes falava esta manhã, em Viana do Castelo, à margem da cerimónia que assinalou a entrada em funcionamento do sistema de abastecimento em alta localizado em Barroselas.
Ministro sobre prédio Coutinho: "Os abusados somos nós, os poderes públicos"
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.
Prepara-se o Governo para aprovar uma verdadeira contra-reforma, como têm denunciado alguns especialistas e o próprio Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, num parecer arrasador.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?
No meio do imundo mundo onde estamos cada vez mais — certos dias, só com a cabeça de fora, a tentar respirar — há, por vezes, notícias que remetem para um outro instinto humano qualquer, bem mais benigno. Como se o lobo mau, bípede e sapiens, quisesse, por momentos, mostrar que também pode ser lobo bom.