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Ministério Público esconde porque colocou sob escuta fiscal das secretas

António José Vilela
António José Vilela 13 de março de 2021 às 10:06

Pode um procurador abrir um processo-crime, mandar gravar os telefonemas do presidente do Conselho de Fiscalização do SIS e SIED, arquivar o caso e publicamente ninguém saber porque o fez? Pode.

O procurador da República João Paulo Centeno, colocado há mais de 10 anos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), esteve à frente de um processo-crime por suspeitas de violação de segredo de Estado e eventual crime de corrupção. O inquérito foi aberto em 2018 e terá estado a ser investigado até janeiro de 2020. Nesse período, o Ministério Público (MP) conseguiu autorização judicial para, entre outras medidas intrusivas, colocar sob escuta telefónica Abílio Morgado, presidente do Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informações da República Portuguesa (CFSIRP).

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