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Meco: Procurador processa familiares por difamação

"Não me recordo de nada que tenha dito que possa ter difamado o senhor Procurador", diz Fernanda Cristóvão, mãe de uma das vítimas

Familiares dos seis jovens que morreram na praia do Meco em Dezembro de 2013 revelaram que vão ser ouvidos em 25 de Janeiro, no âmbito de um processo por difamação que lhes foi movido pelo procurador do Ministério Público que arquivou o caso, Moreira da Silva.

"Fui notificada para comparecer no Campus da Justiça, em Lisboa, no próximo dia 25 de Janeiro, às 11 horas, para ser ouvida no âmbito de um processo por difamação que nos foi movido pelo senhor Procurador", confirmou àLusaFernanda Cristóvão, mãe de Ana Catarina, umas das alunas da Universidade Lusófona que perdeu a vida na praia do Meco, a 15 de Dezembro de 2013.

"Não me recordo de nada que tenha dito que possa ter difamado o senhor Procurador. O que eu sempre disse foi que não concordava com a forma como decorreu a investigação", acrescentou Fernanda Cristóvão, arguida no processo por difamação.

A mãe da jovem Ana Catarina adiantou que familiares de pelo menos outros dois jovens que morreram na praia do Meco (Pedro Negrão e Tiago), também foram notificados para serem ouvidos pela justiça.

Os pais dos seis jovens que morreram na praia do Meco apresentaram uma queixa-crime contra odux João Gouveia, único sobrevivente, por suspeitarem que não teria contado a verdade sobre as circunstâncias da morte dos seis jovens, mas o processo foi arquivado pelo tribunal de Setúbal, decisão que foi confirmada a 26 de Janeiro do ano passado pelo Tribunal da Relação de Évora.

De acordo com a versão apresentada por João Gouveia, os seis jovens (quatro raparigas e dois rapazes) - que estavam a passar o fim-de-semana numa casa alugada na localidade de Aiana de Cima, no âmbito das actividades da comissão de praxes da Universidade Lusófona -, terão sido arrastados por uma onda quando se encontravam na praia do Meco, em Sesimbra, no distrito de Setúbal.

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