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Marques Mendes e o plano de paz dos EUA para a Ucrânia: "Parece escrito em Moscovo"

Lusa 15:26
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Candidato às presidenciais sublinhou que "se a Ucrânia perder esta guerra, é a Europa que perde".

O candidato presidencial Luis Marques Mendes defendeu este domingo, em Pombal, que o plano de paz dos Estados Unidos para a guerra da Ucrânia é um prémio para o agressor e uma injustiça para os ucranianos.

Marques Mendes critica plano apresentado por Donald Trump
Marques Mendes critica plano apresentado por Donald Trump Lusa

Durante um almoço com cerca de 500 apoiantes, em Pombal, no distrito de Leiria, Luís Marques Mendes sublinhou que "se a Ucrânia perder esta guerra, é a Europa que perde (...) é a segurança da Europa que pode estar em causa".

"Este plano de paz apresentado pelos Estados Unidos, parece um plano de paz escrito em Moscovo. (...) é um prémio para quem foi o agressor e o invasor da Ucrânia", reforçou o candidato apoiado pelo PSD e CDS-PP.

Considerando o plano uma "injustiça" para os ucranianos, Marques Mendes afirmou que é também uma "discriminação para a Europa, para a União Europeia e para o Reino Unido" e criticou o facto de a Europa não ter sido "ouvida nem achada na elaboração deste plano de paz".

"Isto não é possível, não é saudável, não é desejável. Os ucranianos são pessoas de antes quebrar do que torcer. Os europeus são pessoas de valores e acredito, por isso mesmo, que nos próximos dias, nas várias reuniões que já estão a existir e nas negociações que vão ser feitas, a verdade e a razão hão de vir ao de cima", observou.

O candidato presidencial sublinhou a importância da segurança, cuja sua inexistência coloca em causa a liberdade, a democracia e o bem-estar.

Marques Mendes destacou ainda, na sua intervenção, os últimos resultados das sondagens, que apontam uma subida para a sua candidatura.

"A nossa candidatura está a crescer. Nas últimas sondagens, em mais do que uma, já está mesmo em primeiro lugar. Não me vou deixar deslumbrar com isso. O poder não me sobe à cabeça. Vou continuar a trabalhar com a mesma humildade, a mesma dedicação e com o mesmo respeito pelos portugueses", afirmou, admitindo que gosta de "estar hoje em alta nas sondagens".

O candidato lamentou, contudo, que quando as sondagens começam a dar-lhe resultados elevados, "começam da parte de alguns adversários, às vezes dos que menos se espera, ataques pessoais".

"É aquilo que se tem visto nos últimos dias, ataques pessoais a mim ou à minha candidatura. Quando as sondagens são favoráveis, parece que o desespero vem dos outros lados", criticou, garantindo que nunca responderá a "ataques pessoais com outros ataques pessoais".

Referindo que manterá "uma campanha limpa" e a "construir soluções", Marques Mendes reforçou a importância de manter a estabilidade do país, sobretudo para as pessoas, "para os mais frágeis e mais vulneráveis".

"Com a experiência que tenho, com a independência de que já dei provas, com a capacidade que já demonstrei ao longo dos anos a fazer pontos de entendimento, vou defender a estabilidade em nome das pessoas, em nome do país inteiro, garantindo a aprovação de orçamentos de Estado para que não haja mais crises, dissoluções e eleições legislativas antecipadas", assegurou.

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