O candidato presidencial disse que Portugal precisa de "ambição na política internacional".
O candidato presidencial Luís Marques Mendes defendeu esta terça-feira uma maior ambição de Portugal na política internacional, criticando o "silêncio absolutamente insuportável" sobre a crise humanitária em Gaza e pedindo uma "condenação firme" dos ataques israelitas.
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
A posição foi assumida por Luís Marques Mendes esta noite no edifício da UACS - União de Associações do Comércio e Serviços, em Lisboa, no discurso de encerramento da apresentação da comissão de honra da sua candidatura à Presidência da República.
O candidato presidencial disse que Portugal precisa de "ambição na política internacional" e sublinhou que o país está na União Europeia, tem valores e "quando os valores são desprezados, o silêncio é absolutamente insuportável", pedindo coerência na posição sobre os ataques israelitas na Palestina e a posição já assumida em relação aos ataques russos na Ucrânia.
"Não pode haver dois pesos e duas medidas. Israel tem o direito a defender-se e a responder ao ataque terrorista de que foi vítima em 2023. Mas a resposta é injustificadamente desproporcionada e a crise humanitária em Gaza é absolutamente intolerável. É preciso condenação firme e ação concreta em favor de vítimas inocentes e desprotegidas", disse.
No mesmo discurso, Marques Mendes prometeu também que, caso seja eleito Presidente da República, irá nomear um jovem para o Conselho de Estado, para "acrescentar sangue novo às discussões" e dar um "sinal de ambição".
Mendes pediu que não se invista nos jovens para "depois deixar escapar lá para fora a sua energia, o seu mérito e o seu talento", sublinhando que manteve contacto com a geração mais nova durante esta pré-campanha e com ela aprendeu que o país está perante uma "geração especialmente inspiradora".
O antigo líder do PSD afirmou também que avança para esta candidatura inconformado e com ambição de mudar Portugal, acrescentando que "ou se ajuda a mudar o país ou então o poder não serve para nada".
"Sei bem que o Presidente da República não governa. Mas também sei bem que não pode ficar por generalidades ou lugares-comuns. Nas novas circunstâncias do Mundo, da Europa e de Portugal, a influência do Presidente da República não pode ser apenas a influência da palavra. O Presidente da República tem de passar a ser um mediador", defendeu.
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