A queda da caixa com mil munições de 9 milímetros durante o transporte para a Escola de Fuzileiros, no Barreiro, originou também a abertura de um inquérito pelo Ministério Público.
A Marinha abriu processos disciplinares a militares responsáveis pelo transporte de uma caixa de munições que caiu durante o percurso para a Escola de Fuzileiros, a 26 de Setembro, disse à Lusa fonte do ramo.
Durante o processo de averiguações interno, "identificou-se matéria que indiciava o não cumprimento de deveres militares" associados ao transporte e acondicionamento de material, disse à Lusa o porta-voz da Marinha, comandante Fernando Fonseca.
O processo de averiguações, que teve carácter de urgência, segundo o porta-voz, resultou em processos disciplinares "a alguns militares" responsáveis pelo transporte do material militar, que obedece a normas específicas.
Os militares em causa conhecem a acusação de que são alvo no âmbito do processo disciplinar e têm a partir de hoje dez dias para se pronunciar. No final do processo, que é confidencial, poderá haver a determinação de penas ou o arquivamento.
A queda de uma caixa com mil munições de 9 milímetros durante o transporte para a Escola de Fuzileiros, em Vale de Zebro, Barreiro, originou também a abertura de um inquérito pelo Ministério Público, disse sexta-feira à Lusa fonte da Procuradoria-Geral da República.
O incidente foi divulgado pela Marinha no dia 27 de Setembro. De acordo com o ramo, a caixa terá caído durante o transporte das munições trazidas da última missão dos Fuzileiros na Lituânia, que chegaram a Portugal por via marítima, e estavam a ser transportadas para a Escola de Fuzileiros, no Barreiro, distrito de Setúbal.
"Um cunhete [caixa] de mil munições de 9 mm caiu da viatura de transporte. A equipa de transporte não se apercebeu da queda da caixa", referiu a Marinha em comunicado enviado à agência Lusa.
O ramo abriu um inquérito interno cujas conclusões preliminares, divulgadas na sexta-feira, apontam para a "queda inadvertida" da caixa na via pública, zona do Seixal, durante o percurso entre o Alfeite, em Almada, e o Vale de Zebro, no Barreiro.
No comunicado divulgado na sexta-feira, a Marinha avançou que as cinco toneladas de material militar (explosivos e munições) proveniente da missão na Lituânia foram conferidas no dia 26 de Setembro à tarde e até final do dia 27.
Enquanto decorria o processo de conferência do material, no dia 27 de Setembro, pelas 12h30, foi recebida "uma comunicação por parte da Direcção-geral de Recursos da Defesa Nacional, com a informação de que "haveria uma caixa com 1000 munições de 9 milímetros", à guarda da PSP de Setúbal.
De acordo com o filme dos acontecimentos descrito pela Marinha, "foi de imediato verificada a existência de 41 caixas, apurando-se existir uma caixa em falta".
A PSP de Setúbal enviou fotografias do material encontrado "que permitiu confirmar" que o lote das munições pertencia ao material que foi trazido de regresso ao país da missão na Lituânia.
O material militar encontra-se "todo conferido e acondicionado nos respectivos paióis na Escola de Fuzileiros, com a excepção da referida caixa de munições" à guarda da PSP de Setúbal". A caixa de munições continua à guarda da PSP de Setúbal.
Marinha abre processos disciplinares a militares pela queda de caixa de munições
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."