Presidente da República preparou cabazes de Natal na associação Banco do Bebé.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta terça-feira que o voluntariado chega às "carências escondidas" às quais "ninguém acorre" e, agradecendo a todos os portugueses que já são voluntários, defendeu que esse número tem de aumentar.
Marcelo Rebelo de Sousa deixou esta mensagem no Dia Internacional do Voluntariado, em que esteve com voluntários da associação Banco do Bebé, que apoia recém-nascidos de famílias carenciadas e, nesta altura do ano, prepara cabazes de Natal para distribuir.
Em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado referiu que "o voluntariado tem vindo a subir", sobretudo "nos menos jovens e nos mais jovens", o que no seu entender é especialmente importante nas áreas metropolitanas, onde "as pessoas não se conhecem, não se dão, não convivem".
"Se não há, de facto, o voluntariado, nós temos situações dramáticas, ou por pobreza, ou por risco de pobreza, ou problemas de inclusão, às quais ninguém acorre. Portanto, eu agradeço aquilo que é o esforço diário de milhares de voluntários por todo o país", afirmou.
Questionado se considera que o voluntariado está a colmatar falhas do Estado, respondeu: "Não é só do Estado, é do funcionamento da sociedade".
"Quer dizer, nós temos novas formas de família, muito nuclear, temos muita gente desenraizada, sobretudo no Portugal metropolitano, temos muita solidão, temos muitas carências escondidas, ocultas, e o voluntariado chega lá, onde é muito difícil que chegue a Administração Pública, as instituições públicas e outras instituições", acrescentou.
O Presidente da República concluiu que, embora tenha "vindo a crescer", o voluntariado em Portugal, "para as necessidades, é curto, é muito curto", e pediu que mais portugueses se tornem voluntários.
"Eu como professor muitas vezes falava nisso aos meus alunos. O número de estudantes universitários empenhados em missões de voluntariado devia ser muito, muito mais elevado", disse.
Marcelo Rebelo de Sousa mencionou que "o voluntariado cai" nos adultos que têm entre 30 e 60 anos, e defendeu que "também nessas faixas tem de aumentar o voluntariado".
O Banco do Bebé nasceu em 1996, formada por um grupo de pessoas que faziam voluntariado na Maternidade Alfredo da Costa. De acordo com a Presidência da República, esta associação conta actualmente com cerca de 90 voluntários e apoia 90 famílias ao domicílio e perto de 1.500 no total.
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