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Marcelo: “Nós, portugueses, não desistimos de Portugal”

Na tradicional mensagem de Ano Novo, o Presidente da República pediu um Governo “forte e dialogante” para 2020, que diz ser “o início de um novo ciclo, um ciclo que tem de ser de esperança, mais do que desilusão”.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que 2020 será o "início de um novo ciclo", pedindo na sua habitual mensagem de Ano Novo, um "Governo forte" e enviando um "abraço caloroso" para quem está longe, seja pela pobreza ou porque foram esquecidos pelo Estado.

Naquela que é a sua primeira mensagem de Ano Novo longe de Lisboa, Marcelo afirmou que este novo ciclo "tem de ser de esperança" e apontou que é necessário haver "crescimento, emprego e preocupação climática". O chefe de Estado referiu ainda que é necessário trabalhar e não só esperar, pedindo um "Governo forte concretizador, dialogante para responder à vontade popular que escolheu a mesma continudade" - mas "sem maioria absoluta".

O Presidente da República fez a sua passagem de ano a 1.890 quilómetros de Lisboa, a partir do Corvo, a mais pequena ilha dos Açores. A mensagem surge na dúvida da recandidatura à Presidência da República, às eleições de 2021, decisão que diz estar "longe" de estar já tomada.

Eleito a 24 de janeiro de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse a 9 de março e fez a sua primeira mensagem aos portugueses, através da televisão, a 1 de janeiro de 2017. Esta quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa faz a sua quarta mensagem de Ano Novo como Presidente, depois dos elogios e avisos de 2017, de ter pedido prudência em 2018 e "bom senso" em 2019.

Na sua primeira mensagem de Ano Novo, em 01 de janeiro de 2017, com o Governo minoritário do PS, e o apoio da esquerda, há pouco mais de um ano em funções, Rebelo de Sousa descreveu 2016 como o ano da "gestão imediata", em que foram dados "pequenos passos" e desejou que o ano tivesse mais "crescimento económico".

Um ano depois, fez um "balanço positivo" de 2017, mas lamentou o crescimento económico "tardio e insuficiente", os cortes de financiamento em "domínios sociais", a dívida pública "muito elevada" e a justiça lenta.

O ano de 2017 foi marcado pelos grandes incêndios florestais, em junho e outubro, que fizeram mais de 100 mortos, centenas de feridos e milhões de euros de prejuízos, no interior do país.

Foram acontecimentos que puseram o Presidente a visitar a zonas atingidas, pressionando a resolução dos problemas das famílias afetadas, o que o levou a dizer, no primeiro dia de 2018, que aquele tinha sido um ano "estranho e contraditório", "povoado de reconfortantes alegrias e de profundas tristezas".

"O passado bem recente serve para apelar a que, no que falhou em 2017, se demonstre o mesmo empenho revelado no que nele conheceu êxito. Exigindo a coragem de reinventarmos o futuro", afirmou.

Em 2019, ano de três eleições (regionais na Madeira, europeias e legislativas), o Presidente apelou ao exercício do voto e considerou fundamental bom senso nessas campanhas, advertindo que radicalismos, arrogâncias e promessas impossíveis destroem a democracia.

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