O Presidente da República preside à cerimónia de tomada de posse do novo Governo.
Marcelo Rebelo de Sousa encerrou a cerimónia de tomada de posse do novo Governo, o XXIV Governo Constitucional. No seu discurso, o Presidente da República deixou avisos ao Governo de Montenegro. "Onde não temos problemas, não os devemos criar", foi um deles, e que o Executivo "tem que construir apoio na Assembleia da República", foi outro.
Manuel de Almeida/Lusa
"É para os portugueses a minha primeira palavra, o vosso voto foi de fé na democracia ao inverter a abstenção que parecia imparável", começou Marcelo. "Querendo dizer nos 50 anos do 25 de Abril que o voto vale sempre a pena, a liberdade, a democracia, que bom recordá-lo neste 2 de abril, quando há 48 anos se realizou votação global final da Constituição debatida em plena e conturbada Revolução."
A Montenegro, o Presidente da República disse: "Acaba de assumir funções por ter encabeçado a candidatura mais votada pelos portugueses para substituir quem liderou o mais longo Governo deste século e o mais longo em democracia, sempre com sensibilidade internacional, em particular europeia."
Marcelo assinalou que a vitória eleitoral foi "por ventura a mais estreita em funções parlamentares" e que por isso pode ter sido "a mais gratificante".
Os portugueses fizeram três escolhas, considerou Marcelo, que "definem o mandato e o seu líder". A maior participação nas eleições indica uma "aproximação das pessoas e dos seus problemas". Apontou ainda a escolha de mudança de "hemisfério de Governo" e a vitória dada "ao setor moderado e não ao radical".
Marcelo considerou que este mandato é "complexo" perante um panorama internacional em que "o mundo está pior em 2024 do que em 2023", e que pode piorar tendo em conta as eleições norte-americanas. A inflação e a situação de juros elevados também é preocupante. Contudo, há várias coisas que Portugal pode fazer, como manter a credibilidade política e financeira e a governação económica. "Onde não temos problemas, não os devemos criar", avisou o Presidente da República.
Pediu ainda consenso sobre as exportações, o equilíbrio nas contas públicas, bem como atenção à dívida externa pública e privada.
Considerou ainda que onde haja problemas, "de custos ou disfunções económicas e sociais que possam interromper estruturas do Estado ou do tecido social, não há como não intervir, com cuidado de não atingir o núcleo crucial do que não é problema".
Frisou ainda que o Governo, apesar de contar com o "apoio solidário" do Presidente da República, não tem o mesmo na Assembleia da República, e "tem que o construir".
O Presidente da República considerou que o tempo disponível "é muito longo em teoria, mas na prática porque é muito exigente, é muito curto".
Marcelo na tomada de posse: "Onde não temos problemas, não os devemos criar"
Luís Montenegro tomou posse após ter assumido o compromisso de honra durante a cerimónia a que o Presidente da República presidiu, e que terminou com a assinatura de Marcelo no auto de tomada de posse. O primeiro Conselho de Ministros, entre Montenegro e os seus 17 ministros, está agendado para esta quarta-feira, segundo o jornal Público.
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