Presidente diz que antigo líder do CDS tem "um larguíssimo horizonte promissor à sua frente"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta quinta-feira que o anterior líder do CDS-PP e ex-vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, tem "um larguíssimo horizonte promissor à sua frente".
O chefe de Estado falava no encerramento de uma conferência promovida pela associação Fórum para a Competitividade, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, que teve Paulo Portas como orador convidado.
Com o ex-líder do CDS-PP na primeira fila da assistência, Marcelo Rebelo de Sousa salientou a sua presença e saudou-o de modo especial: "Orador escolhido, e que orador, inspirador, com um larguíssimo horizonte promissor à sua frente, doutor Paulo Portas".
Na primeira fila estava igualmente a ex-ministra das Finanças e actual deputada e vice-presidente do PSD Maria Luís Albuquerque, que o Presidente da República também cumprimentou, antes de iniciar o seu discurso.
Na sua intervenção, o chefe de Estado defendeu a importância da "credibilidade das instituições políticas" para a criação de confiança e considerou que "o vigor das instituições políticas exige em permanência uma política de proximidade, que alguns tendem a reduzir a uma das suas componentes essenciais: o afecto".
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "a proximidade, em especial num país macrocéfalo e concentrador, vitaliza as democracias representativa e participativa e reforça a legitimidade dos titulares do poder político, juntando à mera legitimidade formal, tantas das vezes muito escassa, a legitimidade de exercício".
"Num tempo que se quer de mobilização para um novo ciclo económico, com actos eleitorais diversos - este ano e em 2019 - com clivagens de princípios e de estratégias e, portanto, difíceis acordos de regime, a proximidade é mais do que uma maneira de ser e de viver, ou mesmo do que um estilo de magistério, é todo um programa político de contributo para uma credibilidade institucional determinante para a envergadura da missão que temos pela frente", sustentou.
No plano económico-financeiro, o Presidente da República dividiu esta legislatura em dois ciclos e considerou que o primeiro ciclo "foi marcado pelo consenso nacional em torno do saneamento das finanças públicas", insistindo que nesta segunda metade a prioridade deve ser o crescimento económico.
"Temos de fazer do crescimento e do desendividamento, nos próximos anos, o mesmo objectivo nacional que lográmos alcançar com sucesso quanto ao equilíbrio das contas públicas", afirmou, reiterando que é preciso "crescer muito mais".
À saída desta conferência, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre o debate político em torno das responsabilidades pelo incêndio que matou 64 pessoas na semana passada na região centro do país, mas reiterou que só falará quando as investigações em curso estiverem concluídas.
O Presidente da República realçou que "está a arrancar um processo de investigação, a cargo do parlamento", e voltou a dizer que não irá "antecipar juízos".
"Aguardo. Acompanho muito atentamente o que se passa, mas não me vou pronunciar", afirmou.
Interrogado sobre a possibilidade de o Estado avançar com indemnizações às famílias das vítimas, também não quis fazer comentários: "Vamos esperar para ver".
O Presidente da República referiu que existe "em Portugal já uma experiência larga de professores de direito que têm elaborado sobre as matérias mais variadas nesse domínio", mas acrescentou: "Não vale a pena, neste momento, estar a fazer comentários concretos sobre ele".
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