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Marcelo deseja escolas abertas "depois da Páscoa", mas admite estado de emergência até maio

Diogo Camilo
Diogo Camilo 22 de março de 2021 às 16:53
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Presidente da República avisou que "é muito provável" um estado de emergência devido à pandemia da covid-19 até ao mês de maio, mas destacou a "importância do ensino presencial" num "sinal para o futuro".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apontou esta segunda-feira para uma reabertura das escolas após a Páscoa, mas avisou que "é muito provável" um estado de emergência devido à pandemia da covid-19 até ao mês de maio.

Marcelo Rebelo de Sousa - tomada de posse - Porto
Marcelo Rebelo de Sousa - tomada de posse - Porto Lusa

Em visita a uma escola em Benfica, no concelho de Lisboa, o chefe de Estado quis destacar a "importância do ensino presencial", num "sinal para o futuro".

"Desejamos e esperamos que seja possível, depois da Páscoa, ir abrindo de acordo com o calendário já conhecido, as escolas de todo país", disse Marcelo, fazendo também uma referência a abertura da atividade social, comunitária e económica".

"Havendo um plano de desconfinamento até maio, quer dizer que há atividades confinadas parcialmente até maio e portanto é muito provável que haja estado de emergência a acompanhar essa realidade", admitiu o Presidente da República.

No entanto, para isso, apelou Marcelo, "é fundamental que os portugueses, quer no período que se avizinha da Páscoa, quer depois, com a abertura progressiva, compreendam a importância do passo que está a ser dado", um passo que deve ser "o mais definitivo possível", sem recuos, sublinhando o "papel essencial" das escolas na reabertura de outras atividades.

Vacinação "não correu bem" na Europa

Sobre a vacinação contra a covid-19, Marcelo entendeu que "não correu bem o fornecimento de vacinas" e que "não houve uma capacidade de produção e entrega para responder àquilo que era o contratado", o que trouxe "consequências em todos os países da UE e em Portugal".

O Presidente da República criticou também a posição de vários países sobre a suspensão da vacina da AstraZeneca: "A União Europeia é uma união, não é um somatório de egoísmos, não é correr bem, cada um por si e isoladamente, tomar a decisão de suspender ou não suspender. O que seria preferível era a Europa como um todo ter dúvidas, mas dirigir-se a uma entidade competente para o efeito, colocando a questão de uma só vez, havendo uma posição clara como houve da EMA e atuando em conformidade. É uma lição para o futuro. A vacina é segura, a vacina é eficaz, vamos em frente", afirmou.

O próximo passo é agora vacinar 70% da população até fim de Agosto e princípios de Setembro. Marcelo confirmou ainda que já foi vacinado com duas doses da vacina da Pfizer contra a covid-19, tendo recebido a segunda dose há mais de duas semanas.

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