Presidente e primeiro-ministro iam aproveitar abertura da restauração para almoçarem juntos, mas mudaram de ideias. "Se não às tantas diziam que eram coisas a mais com o primeiro-ministro", explicou o Chefe de Estado.
O Presidente da República,Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, este sábado, que vai intensificar as saídas à rua para incentivar o consumo, mas evitando "coisas a mais com o primeiro-ministro", para que não se pense em "complôs políticos".
O chefe de Estado falava aos jornalistas na Ericeira, no concelho de Mafra, distrito de Lisboa, onde visitou o mercado municipal e passeou a pé até junto à Praia dos Pescadores, onde prometeu regressar no dia 6 de junho para um mergulho, depois de retomar os banhos de mar em Cascais nessa madrugada.
"Amanhã [segunda-feira] irei visitar museus, depois irei almoçar fora ou jantar fora a restaurantes diferentes, tascas. O primeiro-ministro vai almoçar com o presidente da Assembleia da República", anunciou Marcelo Rebelo de Sousa, observando: "Decidimos assim, se não às tantas diziam que eram coisas a mais com o primeiro-ministro, começavam a encontrar logo complôs políticos".
O Presidente da República adiantou que estará, no entanto, com o primeiro-ministro, António Costa, "numa iniciativa diferente no fim da semana".
Reforçando o apelo feito no sábado por António Costa aos portugueses para que voltem a sair mais frequentemente à rua, embora com cautelas, o chefe de Estado considerou que é tempo de "fazer a abertura, com cuidado, pequenos passos, e ir perdendo o medo, ir aparecendo e consumindo" e que se deve procurar "consumir o que é português".
"A nossa restauração merece, a nossa hotelaria merece, e temos de, no verão, finais de junho, julho, agosto, fazer reviver o nosso turismo, enquanto não vêm de fora, com turismo interno, porque é uma peça fundamental da nossa economia", defendeu, propondo "uma grande campanha de turismo interno".
Marcelo Rebelo de Sousa disse que ao visitar hoje o mercado da Ericeira quis também prestar uma "homenagem à pesca e à agricultura portuguesas, que aguentaram estes meses, continuaram a trabalhar, não pararam".
Quanto à sua agenda mais intensa de saídas à rua nos próximos dias, acrescentou: "Irei depois com o senhor primeiro-ministro numa visita a uma área muito significativa do país. E depois continuarei nas próximas semanas aos poucos, com pequenos passos como eu sempre defendi, para os portugueses se sentirem mais à vontade - seguros, mas à vontade, sem correrem riscos desnecessários, mas começando tanto quanto possível a normalizar a vida social".
Na quarta-feira, durante uma visita à Autoeuropa, o primeiro-ministro disse esperar regressar àquela fábrica com o atual Presidente da República já num segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, contando, portanto, com a sua recandidatura e reeleição.
"Nós vamos ultrapassar esta pandemia e os efeitos económicos e sociais este ano, no ano que vem, nos anos próximos. E eu cá estarei, e cá estaremos todos, porque isto é um espírito de equipa que se formou e que nada vai quebrar. Cá estaremos este ano e nos próximos anos a construir um Portugal melhor", afirmou, em seguida, Marcelo Rebelo de Sousa.
A pandemia de covid-19 atingiu 196 países e territórios, registando-se perto de 312 mil mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas infetadas a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP feito com base em dados oficiais.
Em Portugal, morreram 1.218 pessoas num total de 29.036 confirmadas como infetadas, e 4.636 doentes recuperaram, de acordo com o relatório de hoje da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A covid-19 é uma doença provocada por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Marcelo cancela almoço com Costa para evitar “complôs”
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