A defesa do ex-ministro vai recorrer da decisão que o condenou a dez anos de prisão efetiva. Defesa de Salgado diz que juízes condenaram "alguém que já não existe".
Manuel Pinho, antigo ministro da Economia, afirmou que vaidecorrer da condenação de dez anos no âmbito do caso EDP, cuja sentença foi conhecida esta quinta-feira, no Campus de Justiça, em Lisboa. O advogado de Ricardo Salgado, condenado a seis anos e três meses de prisão, diz que também vai recorrer.
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
"Vamos recorrer. A sentença não tem nada a ver com o que se passou no tribunal", afirmou o antigo ministro à saída do tribunal, afirmando que esta condenação é uma tentativa de "evitar um terramoto na Justiça". "Se não saísse daqui com uma condenação... Só 2% dos portugueses acreditam na justiça. Se eu fosse absolvido passaria a ser 0%", afirmou Pinho, lembrando que esteve a ser investigado durante 12 anos.
"Os juízes tomaram uma decisão ignorando o que as testemunhas disseram. Foram chamadas 120 testemunhas. Não houve uma testemunha que apoiasse a tese da acusação", afirmou o antigo ministro. "Este tribunal tomou uma decisão em base em convicções. Tinham a necessidade de arranjar uma condenação e pura e simplesmente ignoraram o que testemunhas disseram", acrescentou, refirmando a sua inocência. "Resumindo e concluindo, isto é um julgamento baseado na imaginação, um julgamento em que são ignoradas a prova testemunhal", concluiu.
O advogado de Pinho, Ricardo Sá Fernandes, acredita que o cliente será absolvido no recurso, afirmando que a decisão deste tribunal foi tomada com base em preconceitos e que Manuel Pinho "não é corrupto", mas que "cometeu erros graves". Manuel Pinho vai continuar, para já, em prisão domiciliária, situação em que se encontra há mais de dois anos.
Numa leitura resumida do acórdão de cerca de 700 páginas, a juíza-presidente sublinhou ainda que Manuel Pinho e Alexandra Pinho receberam cerca de 4,9 milhões de euros no âmbito das contrapartidas estabelecidas neste acordo.
"Sabia ainda o arguido Manuel Pinho que ao aceitar as vantagens pecuniárias que não lhe eram devidas mercadejava com o cargo público, pondo em causa a confiança pública", afirmou a magistrada, realçando que Ricardo Salgado e Manuel Pinho "sabiam que lesavam a imagem da República e atentavam contra a confiança do cidadão" com as suas condutas.
Ana Paula Rosa considerou também "inverosímeis, incoerentes e ilógicas" as declarações de Manuel Pinho em tribunal para explicar as situações que lhe eram imputadas pela acusação do Ministério Público (MP).
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